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Não contrate um comunista

Kobe Blog
Escrito por Kobe Blog em 04/01/2016
Não contrate um comunista

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Só com esse título, já deve ter gente se coçando para buscar meu CPF e tentar me processar por incitação ao ódio e preconceito.

Calma, meus amigos!

Sou o tipo do cara que odeia discutir política, a palavra “Bolsomito” não faz parte do meu vocabulário e eu estou longe de ser um daqueles extremistas estilo Rodrigo Constatino.

Para a galera que está chegando agora nesse humilde blog, meu nome é Raiam Santos, tenho 25 anos e vou te mandar a real: já fui socialista e já votei no PT.

não contrate um comunista

Há umas semanas atrás, escrevi um post sobre o poder das empreiteiras e a obsessão delas pela criação de elefantes brancos, seja no Brasil ou na Espanha.

Quando eu abri o jogo dizendo que já tive meus desvios comunistas, escrevi algo mais ou menos assim:

Que atire a primeira pedra o liberal que não teve seu desvio esquerdista quando era muleque

Antes que me chamem de mal-informado e antes que me mandem de volta para as aulas de história, já vou adiantando que ao longo desse artigo usarei as palavras “comunista” , “socialista” e “vitimista” como sinônimos.

Pode me julgar à vontade.

No meu mundo, é tudo farinha do mesmo saco!

 

EDUCAÇÃO SOCIALISTA… BAIRRO NOBRE

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Quando eu era muleque estudava no Colégio Santo Agostinho, uma escola de elite num dos bairros mais nobres do Rio de Janeiro.

Era o único pretinho da série inteira e me arrisco a dizer que o pai de ninguém lá ganhava menos do que 10mil reais por mês.

Vale a pena ressaltar que 10mil reais por mês em 2002 era dinheiro pra caramba, já é?

Só que tinha uma inconsistência muito grande no aprendizado ali, principalmente em aulas como história, geografia e literatura.

Os professores nos faziam acreditar que tudo que vinha dos Estados Unidos era ruim e que o capitalismo era a raiz de todos os males do mundo.

Mindfuck total!

Para pra pensar: todo mundo ali era filho de capitalista dos brabos, concorda?

Se não fosse capitalista, não teria bala na agulha para bancar mensalidade do Santo Agostinho e morar em condomínios de luxo na Barra.

Mas nós pré-adolescentes éramos constantemente bombardeados por essas idéias do lado vermelho da força.

Qualquer muleque de 12 anos é influenciável, né?!

Acabou que eu fiquei meio “corrompido”.

Para intensificar essa situação, minha própria mãe é militante do PT desde 1980.

Ela era uma daquelas estudantes que escutavam Chico Buarque e compareciam aos comícios de Lula e Dirceu lá nos primórdios do movimento sindicalista.

Meu pai era piloto de avião então eu quase nunca o via em casa.

E quando ele estava em casa, eu raramente conversava com ele.

Resultado? Aquele pensamento comunista que eu aprendi na escola foi só se fortalecendo dentro de casa.

 

SONHO AMERICANO… PÉ EM CUBA

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Acabou que eu fui crescendo e começando a gostar de uma parada chamada dinheiro.

Olha o que se passava na minha cabeça de criança ingênua: minha mãe trabalha pouco, passa o dia reclamando da vida e nunca tem dinheiro. Meu pai trabalha muito, fica na dele e está cheio do dinheiro.

Qual foi a minha conclusão?

Follow the money!

Queria ganhar muito dinheiro então movi meus pauzinhos para vazar do Brasil e morar no país do dinheiro.

Com 15 anos, ganhei uma bolsa de estudos de high school e lá estava eu morando sozinho na Califórnia.

Fui até mais além: me matriculei no vestibular da universidade que é um dos principais símbolos do capitalismo e da ganância do americano.

Além de ser o maior celeiro de talentos para os grandes bancos de Wall Street, a Wharton School da Universidade da Pennsylvania é também a universidade que mais produziu bilionários entre todas as 16mil instituições de ensino ao redor do mundo.

Não acredita? Olha esse artigo Why UPenn Produces So Many Billionaires do Business Insider.

Mas aí, vou te mandar outra real: mesmo sendo aluno da Wharton Business School e respirando dinheiro dia e noite, eu tinha um pé e meio em Cuba.

Era aluno de uma parada chamada Huntsman Program in International Studies and Business, um programa acadêmico onde o estudante sai depois de 4 anos com dois diplomas na mão: um de economia e outro de relações internacionais.

Na metade das humanas do Huntsman Program, tínhamos um requisito básico de passar 6 meses estudando em um país que falasse nossa língua de estudo.

Eu fazia espanhol e tinha as seguintes escolhas: Buenos Aires, Santiago do Chile, Madrid, Barcelona, Sevilla…. e Havana!

Boom! Que maravilha!

Estava determinado que passaria um semestre em Havana para viver o sonho cubano.

Que bom seria ver com os meus próprios olhos o que era uma sociedade igualitária, onde os médicos ganhavam a mesma coisa do que professores primários!

Sairia de Cuba mega iluminado e pronto para mudar o mundo!

Acabou que eu não fui para Havana por causa do futebol americano (graças a Deus) mas chega de historinha. Todo mundo já entendeu o meu dilema e minha bipolaridade.

Mas antes vamos aos comerciais.

No ano de 2015, consegui ler 261 livros graças a uma plataforma de audiobooks chamada Audible.

Eles estão crescendo no Brasil e soltaram uma promoção bem legal para adquirir novos usuários.

O cara se inscreve e ganha 2 audiobooks de presente… automaticamente.

Se cada audiobook custa em média 25 dólares e o dólar está a 4 reais, eles estão dispostos a gastar 200 reais contigo só para você experimentar o serviço deles.

Clica na foto aí embaixo, cai dentro e não esquece de me agradecer depois.


 

 

NÃO CONTRATE UM COMUNISTA
não contrate um comunista

Esses dias, estava trocando idéia com um camarada meu que é empresário em São Paulo e ele passou o tempo reclamando da produtividade dos seus empregados.

O engraçado era que a grande maioria deles tendia ao lado vermelho da força.

Ele contou umas histórias bizarras e descreveu o ambiente de trabalho como um campo de guerra.

Aí espremi um pouco o cérebro e cheguei a uma conclusão bem simples:

Comunista é câncer para qualquer empresa

Eita Raiam, mas você não tá generalizando muito não?

Agressivo? Direto? Vou separar minha análise por tópicos:

 

1. Lucro? Não, obrigado

Conta para mim, por que as pessoas abrem empresas?

Para atender alguma necessidade da sociedade e atingir o lucro, certo?!

Todo mundo sabe que, num mundo normal, empresa que não dá lucro vai à falência.

Agora diz aí pra mim qual é a maior aversão de um comunista/socialista/vitimista?

O lucro!

Matou a charada.

Quanto mais histórias que ele contava, mais eu me convencia que não faz sentido nenhum contratar um comunista para compartilhar um sonho com você.

Nem para a minha, nem para sua e nem para a empresa de ninguém!

Se o cara condena o lucro e a missão da sua empresa é o lucro, qual o sentido de manter um cara desse perto?

 




 

 

2. Meritocracia é o c%$#&

Trabalhei 4 anos no mercado financeiro e notei que ninguém lá trabalha para ganhar salário fixo.

O cara sabe que se ele der o melhor de si, ele vai ganhar uma grana proporcional ao que ele produziu na hora do bônus de fim de ano.

Aí vem aquele velho assunto da meritocracia.

Trabalhar com metas é bom para o ser humano porque ele está sempre motivado a ser melhor do que já é.

Só que o comunista foge de meta e acaba enterrando seus próprios talentos.

Na visão deles, meta é para oprimir o funcionário.

Raiam: “Vou te pagar 2000 reais fixo, 600 variável”

Comunista: “Variável? Eu quero ser valorizado pelo meu trabalho.”

Como é que você quer ser valorizado pelo seu trabalho se você não fez porra nenhuma ainda?

Cara, lembra da parábola do talento da Bíblia?

Se não lembra, vai no capítulo 25 do evangelho de Mateus (ou 19 de Lucas) e você vai ver Jesus Cristo usando a meritocracia há 2mil anos atrás!

 

3. Vem a nós…

Comunista acha que só por ele ter nascido, ele tem direito a ter um bom salário, a ter hospital, a ter a porra toda.

Moral da história: ele acredita que merece o mesmo fazendo muito pouco ou quase nada.

Tem um livro muito bom exatamente sobre isso chamado O Mito do Governo Grátis: O Mal das Políticas Econômicas Ilusórias e as Lições de 13 Países Para o Brasil Mudar.

Esses galera aí adora uma CLT e condena o empresário que dá salário, plano de saúde e paga as férias dele.

Fracassou? Usa essa “proteção” da CLT e processa o chefe! O culpado pelo fracasso dele é o empresário que é opressor e não a porra da incompetência dele.

Toma mais referência bíblica aí que eu tô numa vibe de pastor evangélico hoje:

“Toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Pelos seus frutos, pois, é que os conhecereis.” 

O cara para trabalhar comigo ou em qualquer empresa tem que querer produzir bons frutos. Não tem outra opção.

Eu realmente acho que o Brasil não é um país sério simplesmente porque nossa sociedade lança ao fogo exatamente as árvores que querem produzir bons frutos.

Filosofei né?

Um dos melhores livros que li no ano de 2015 chama-se So Good They Can’t Ignore You do PHD Cal Newport. Gosto tanto do livro que estruturei a minha palestra Filosofia Underdog em volta dele (assistir a palestra no YouTube).


O livro é centrado no que o autor chama de Craftsman Mindset (mentalidade do artesão). A falta desse craftsman mindset é a principal razão que eu conheço tanta gente que é frustrada em seus respectivos trabalhos.

É claro que não vou dar um spoiler do livro.

Se não estiver disposto a abrir a carteira no livro (só existe em inglês no Amazon), dá uma olhada no post The Career Craftsman Manifesto do blog do Cal Newport que explica isso muito bem.

O comunista que trabalha para meu amigo é EXATAMENTE O OPOSTO do career craftsman do artigo.

Como dizia minha querida avó Jorgina:

Você só quer “venha a nós”…. “o vosso reino” nada

 

4. Seleção Natural

Comunista gosta de ser o mais fraco, gosta de se posicionar como oprimido.

Não sei se você parou pra pensar mas aqui no Brasil parece que é legal ser o mais fraco, né?

Eu mesmo já caí nessa armadilha.

Eu ganhava dezenas de milhares de dólares em Nova York dos 21 aos 23 anos.

Ao invés de olhar para cima e me espelhar nos caras que ganhavam milhões, eu comecei a passar mais tempo no Rio de Janeiro, a assistir Esquenta, a escutar Naldo, a frequentar o baile do Olimpo na Vila da Penha, a andar com gente pobre e a me posicionar como um preto-oprimido.

Síndrome de Adriano Imperador!

Adivinha o que aconteceu comigo? Fiquei pobre de novo.

O mundo é darwinista, mano.

No reino animal, o mais fraco é engolido pelo mais forte.

Se eu me posicionar como um fraco oprimido, o que será que vai acontecer comigo?

Já viu alguma vítima bem sucedida? Eu não.

E isso me leva a meu próximo ponto.

 

5. Vitimismo estrutural

Vou pegar o exemplo do meu amigo empresário para ilustrar esse conceito do vitimismo. Já escrevi um post inteiro sobre esse vitimismo que assola nosso país. Quando tiver um tempo, dá uma lida no Preto Vítima? Eu Não!

A empresa dele emprega vários jornalistas, a maioria deles é socialista de carteirinha. 

Agora para pra conversar com um cara desse e pergunta pra ele como é trabalhar com jornalismo no Brasil?

Jornalista só sabe reclamar que o setor tá ruim, que não consegue encontrar emprego depois da formatura e que ganha micharia de salário.

É sempre culpa do outro!

Lembra daquele artigo que eu escrevi aqui nos primórdios do blog Não faça vestibular para jornalismo?

Já parou pra pensar que eu Raiam não deixo de ser um jornalista?

Eu escrevo e as pessoas (e empresas) pagam para consumir meu conteúdo.

Tudo bem, o jornalismo tradicional de TV e jornal está uma merda. Isso é um fato.

Mas pergunta quantos jornalistas se coçam para se reinventar dentro da profissão?

Quantos deles movem os pauzinhos para aprender a mexer com Google Adsense?

A usar o WordPress?

A liderar uma campanha de SEO?

A monetizar um blog?

A gerar fontes de renda alternativas pela internet?

Irmão, eu sou formado em Economia.

Hoje eu tenho um blog e vendo livros no Amazon e no Ubook.


        

 
Que inconsistência, né?!

Por que será que um economista formado em Wharton escolheu ser “jornalista” e escritor?

Primeiro porque eu me amarro em escrever e vejo que eu consigo motivar pessoas através do conteúdo dos meus textos.

Segundo por que essa porra de internet dá dinheiro!

E o mercado está totalmente aberto.

Para mim, o marketing digital em 2016 é tipo o que foi a Serra Pelada em 1980.

E o melhor de tudo? A receita é quase que totalmente dolarizada!

Mas tem que pagar o preço.

Os garimpeiros de Serra Pelada tiveram que pagar o preço largando suas famílias e morando em barracos lá nos cafundós do Pará.

O cara de hoje em dia não precisa nem sair de casa.

Mas tem que pagar o preço com tempo e com dinheiro para aprender esses novos skills.

Ao invés de se fazer de coitadinho culpando geral pela sua desgraça como a grande maioria dos jornalistas comunistas, por que não se reinventar dentro da profissão?

Falando em skills, o Udemy acabou de colocar 17mil cursos online a 10$ cada. Tem curso online de 400 dólares saindo a 10 contos nessa promoção.

Entra no Udemy e vai lá aprender a ganhar dinheiro pela internet.

SBF COMERCIO DE PRODUTOS ESPORTIVOS LTDA
 

6. Vender é feio… 

Esses dias eu estava lendo o livro do meu novo guru motivacional Grant Cardone e fiquei muito cabreiro quando ele começou a falar sobre remuneração de executivos.

Pega uma empresa da lista Fortune 500 e adivinha quem é o empregado que mais ganha dinheiro dentro da empresa?

Quando ele lançou a pergunta no ar, eu pensei logo: “é claro que é o CEO”.

A verdade é que 95% das pessoas tiveram uma resposta parecida com a minha.

Mas, na grande maioria das empresas americanas, quem ganha mais não é o presidente e sim o executivo de vendas #1!

Por quê? É ele que traz negócio para a empresa. É ele que fecha os deals e gera receita.

Apesar de ter salário menor, o executivo de vendas acaba tendo uma remuneração maior do que o presidente porque ele leva uma fatia de tudo que ele vende (remuneração variável do item 2).

Fechou um contrato de 500 milhões? Leva 50 milhões pra casa!

Irmão, se tua empresa não consegue vender seu serviço ou seu produto, você não vai ter dinheiro para pagar os funcionários.

Conclusão de tudo isso: apesar de mal visto pela sociedade, o vendedor é importante pra caralho!

Meu camarada me contou que o pessoal da área de vendas era muito mal visto pelos colegas comunistas dentro da empresa.

Sim, o cara que quer crescer a empresa e fazer a parada dar dinheiro é visto como um problema e não como uma solução. 

Eu nunca vi as palavras “vendedor” e “comunista” na mesma frase.

Parece até um paradoxo… um oxímoron.

Por que eu não conheço nenhum comunista que é bom vendedor?

Porque ele tem medo de executar. De fechar um negócio. De conseguir a grana do cliente.

Agora você entende porque eu não considero Lula, Chico Buarque e Gregório Duvivier comunistas?

Esses aí são capitalistas dos brabos… só estão disfarçados de vermelho.

Eles sabem fechar negócio e sabem conseguir a grana do “cliente”… tudo bem que alguns usam formas meio questionáveis mas todos eles conseguem executar.

 

7. Empresa = pessoas

Há uns tempos atrás, fiz um post sobre a Fraternidade Alpha onde eu martelei aquele conceito de que você é a média das 5 pessoas com as quais você passa mais tempo.

Agora vamos levar essa idéia para o lado corporativo: uma empresa nada mais é do que as pessoas que a compõem.

Por que a Petrobrás é a empresa mais fudida e endividada do mundo?

Porque eu te garanto que tem muita gente podre lá dentro, especialmente nas cabeças.

No fim da conversa com meu camarada empresário, eu mandei a real pra ele, sem papas na língua:

“Se você não agir rápido para mudar a cultura ou mudar as pessoas da empresa, te garanto que sua empresa não vai durar nem 2 anos.”

Ele concordou!

Moral da história: não contrate um comunista.

 

COMO IDENTIFICAR UM COMUNISTA NUMA ENTREVISTA DE TRABALHO?

Agora eu passo a bola para você.

Para driblar as alegações de preconceito e não tomar um processo dos amigos da Maria do Rosário e da Luciana Genro, o que os empresários de hoje em dia devem perguntar numa entrevista para identificar as tendências vermelhas e vitimistas num candidato?

Quais perguntas o cara deve fazer?

Manda aí nos comentários… eu leio tudo.

 

~Raiam

 

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