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Tony Robbins, guru é o c#%alho: 4 dias - Flórida

Kobe Blog
Escrito por Kobe Blog em 23/11/2017
Tony Robbins, guru é o c#%alho: 4 dias - Flórida

Tony Robbins na Flórida

Mas Raiam, se você já não ia com a cara do Tony Robbins, como é que você foi parar lá em Palm Beach no evento do cara?

Na época que eu escrevi meu primeiro livro Hackeando Tudo: 90 Hábitos Para Mudar O Rumo De Uma Geração, eu consumia muito mas muito material de programação neurolinguística e motivação.

Antes de lançar o livro, tinha acabado de zerar no banco, estava com a conta de luz atrasada e não tinha a mínima ideia do que eu ia fazer da vida.

Eram horas e horas ouvindo audiolivros, estudando palestras e assistindo vídeos de caras como Tony Robbins, Eric Thomas e Les Brown no YouTube.

Tony Robbins era meu ídolo, meu guru! Uma prova disso é que eu devo ter citado o nome dele pelo menos umas 5 vezes ao longo dos hacks do livro.

Só que, à medida que eu fui amadurecendo, eu fui consumindo cada vez menos daqueles “You can do it”, “Impossible is nothing” e “Greatness is Upon You” no YouTube.

Passou a ser um negócio bem vazio pra mim.

Mais que isso. Eu fiz de tudo para me desprender do rótulo de “escritor de auto-ajuda” e “palestrante motivacional” que eu acabei ganhando por causa do sucesso do meu livro.

Por quê?

Porque eu cheguei a conclusão de que motivação tem que vir de dentro.

Para mim, o palestrante motivacional entra na mesma categoria que um vendedor de ar.

Quando você associa sua motivação pessoal a uma figura externa, tem alguma coisa muito errada no seu sistema.

Tony sempre foi muito conhecido nos EUA mas pouca gente aqui tinha ouvido falar dele.

Há uns meses atrás, ele ganhou mais fama no Brasil por causa de um documentário no Netflix chamado EU NÃO SOU SEU GURU.

Eu vi e achei uma merda.

Na minha interpretação, o filme era uma carta de vendas de 1 hora e meia de duração convencendo as pessoas a pagarem 7 mil dólares para fazer parte da edição seguinte daquele evento ali.

Mas Raiam, se você já não ia com a cara do Tony Robbins, como é que você foi parar lá em Palm Beach no evento do cara?

UNLEASH THE POWER WITHIN

Um dia desses, meu mentor Michel Helal me ligou dizendo que tinha um ingresso sobrando para a conferência Unleash The Power Within com o Tony Robbins em West Palm Beach.

Segundo ele, o evento era exatamente o que eu estava precisando.

Vale lembrar que eu tava passando pelo momento mais difícil da minha vida.

Não sei se você percebeu mas eu fiquei uns 6 meses sem escrever coisa nova no blog e sem postar nada no Instagram e no Facebook.

Entrei numa espiral fudida de depressão e batalhei contra uns pensamentos destrutivos.

E o pior é que eu não tive nenhuma razão concreta para isso. Minha empresa não quebrou, eu não perdi um familiar, não tomei pé-na-bunda de mulher e minha saúde física estava intacta.

Simplesmente aconteceu e foi piorando, piorando e piorando.

Odeio me vitimizar então não queria compartilhar nenhuma gota daquela bad vibe com as centenas de milhares de leitores que eu tenho aqui. Por isso que eu sumi da face da Terra. O blog ficou às moscas e meu inbox acumulou uns 8,000 e-mails não respondidos.

No desespero de sair daquele buraco logo e voltar a ter uma vida normal, eu passei por 4 psiquiatras com 3 diagnósticos diferentes, 3 psicólogas, 1 psicanalista, fui em padre exorcista, centro espírita, mãe de santo, xamanismo, Mahikari, rezadeira, fiz o Caminho de Santiago de Compostela e me entupi de remédios de tarja preta.

Foda!

O efeito foi quase zero. Na real, os remédios me deixavam apático e sem energia pra fazer porra nenhuma.

Depois de um pouquinho de insistência, o convite do Michel começou a fazer um pouquinho de sentido.

“Já tentei a porra toda e continuo na merda, vamos ver se isso dá certo. No pior dos cenários, eu volto com umas muambas pra vender…”

Falando em Michel, recomendo muito o trabalho de coaching de performance dele.

Eu o admiro porque ele é um cara mais velho que já passou por quase tudo na vida:

cresceu como filho bastardo de pai famoso…
imigrou ilegalmente pros EUA na adolescência…
sua mãe trabalhava de stripper pra sustentar a casa…
teve filho aos 18 anos de idade…
trabalhou de pedreiro…
aprendeu a programar sozinho…
conseguiu um emprego de engenheiro de software em Nova York…
escapou por pouco dos atentados de 11 de setembro…
tirou uma prostituta da zona e casou com ela…
jogou poker profissionalmente durante anos…
abriu startup de pagamentos…

Hoje é um cara super bem sucedido que leva à risca aquela filosofia do Four Hour Workweek do Tim Ferriss. Para você ter uma ideia, ele mora em Las Vegas e toca um time de 10 funcionários espalhados por 4 cidades do Brasil e LITERALMENTE trabalha 4 horas por semana.

Essa liberdade que ele tem abre tempo para ele fazer a parada que ele mais se amarra na vida: ser coach de performance. Um dia desses eu posto o podcast que eu gravei com ele lá em Palm Beach. O email dele é [email protected].

Falei do Michel porque ele era uma das poucas pessoas que sabiam que eu tava na merda.

Já que eu sentia que ele genuinamente queria me tirar daquela situação, eu fui na dele e aceitei o convite. Mesmo com um pé e meio atrás com essas paradas de guru motivacional.

Partiu Flórida!

 QUEM É TONY ROBBINS?

Para quem clicou aqui sem saber nada do cara, Tony Robbins é um tiozão americano de 57 anos e 2 metros de altura que criou um conglomerado bilionário de auto-ajuda.

Enquanto Jorge Paulo Lehmann vende cerveja e Bill Gates vende computadores, Tony Robbins vende motivação.

Ele começou na categoria de palestrante motivacional, depois virou escritor, depois passou a vender fitas VHS de auto-ajuda pela TV mas, ao longo dos anos, ele diversificou seu business e virou um empresário brabo pra caramba que move multidões em seus eventos nos quatro cantos do mundo.

Da mesma maneira que o Michel Helal é um coach pra mim, o Tony Robbins é coach de gente high-profile como os presidentes Bill Clinton e Barack Obama, os atletas Serena Williams e Kobe Bryant e os CEO’s Jeff Bezos (Amazon) e Richard Branson (Virgin).

Quando dá alguma merda e chega a hora de apagar algum incêndio, as mentes mais brilhantes da América ligam pra esse cara.

IGREJA PREMIUM

Quando postei lá na fanpage do Facebook que estava indo pra Flórida para o tal evento, li vários comentários do tipo:

“É uma cilada, Bino”
“Sai dessa, Raiam! Essa porra é pior que a Igreja Universal… uma lavagem cerebral pura “
“Tony Robbins é o Bispo Macedo dos Estados Unidos”

Uma das primeiras perguntas que o Tony fez para a audiência depois de subir ao palco foi a seguinte:

“Quantas pessoas aqui são donas do próprio negócio?”

Eu levantei a mão. O Michel levantou a mão. Olhei pra um lado, olhei pro outro, uns 80% das pessoas do pavilhão estavam de mãos levantadas.

Ao contrário dos pastores evangélicos “engana-pobre” que a galera lá da fanpage trouxe à tona, o público-alvo da igreja Tony Robbins é um público instruído, estável e endinheirado.

Endinheirado?

E isso me leva para o próximo ponto.

AUTO-AJUDA DÁ DINHEIRO?

Vou te contar que participar do Unleash The Power Within é caro até pro próprio americano.

Vamos dizer que um americano de Chicago queira participar do evento em Palm Beach, ele vai gastar NO MÍNIMO R$6.000 (US$1.810 ) por 4 dias de motivação. Segue o breakdown:

US$ 650 do ingresso
US$ 400 da passagem Chicago – West Palm Beach
US$ 200 da comida (US$50/dia)
US$ 400 do quarto AirBnb (se ele for pegar hotel, fica beeeem mais caro)
US$160 de Uber (US$20 cada perna na tarifa dinâmica, ida e volta durante 4 dias)

Agora vamos fazer umas continhas para você ter uma ideia da magnitude do negócio.

Se não acreditar nos meus números, pode ir lá no site do próximo evento e checar com teus próprios olhos.

São 9.000 pessoas pagando, em média, US$1.000 por ingresso.

Até aí, 9 milhões de dólares em 4 dias de evento.

É verdade que o ingresso basicão custa US$650 mas as pessoas que sentam perto do Tony lá na frente do palco pagam US$2.395. Acho que US$1.000 é um bom preço-médio para se basear.

Mas tem também um negócio chamado Power Pavillion.

Power Pavillion é um salão no mesmo centro de convenções onde 1.500 pessoas pagam 300 dólares para assistir o vídeo do evento.

Coloca aí mais 450.000 Trumps… e olha que eu nem falei dos chamados “upsells”!

Continua lendo aí que você vai entender…

MÃO DE OBRA BARATA

Uma das paradas mais surpreendentes de todo evento foi a estrutura do staff.

Tinha pelo menos umas 500 pessoas de camisa preta escrito CREW trabalhando para que a conferência corresse direitinho.

Até aí, nada demais.

No segundo dia, eu fui descobrir que aquelas 500 do crew que chegavam às 7 da manhã e só saíam depois da meia-noite eram VOLUNTÁRIAS! 

Sim senhor! Tony Robbins faturou algumas dezenas de milhões de dólares naquele fim de semana e não precisou gastar com pessoal. 

Conversei com uma tia que veio da Virginia, pagou vôo e hotel do bolso para trabalhar os 4 dias de evento. A função dela era distribuir high-fives na entrada do salão.

O Tony tá errado?

Oferta e procura, mano.

E se eu te contar que tem um processo seletivo para ser voluntário no Unleash the Power Within? Cara, tem até fila de espera!

Se eu te deixei curioso, depois dá uma olhada nas regras para os voluntários do evento.

Agora coloque-se nos sapatos do Tony: se tem uma fila de espera com pessoas que trabalhariam de graça para você, você ainda assim gastaria para contratar gente?

Vamos fazer uma matemática rápida de quanto ele deixou de gastar:

14 horas de trabalho por dia X 20 dólares/hora de trabalho = 280 dólares por pessoa por dia

Se tinha uns 500 voluntários, 500 X 280 = US$ 140.000

Com o dólar a 3.30, isso aí dá mais de meio milhão de reais por dia de economia.

Injusto?

Como eu sou um cara curioso e cético pra cacete, puxei papo com a galera do crew e quis saber o motivo por trás da decisão deles de passar 4 dias seguidos praticamente pagando pra trabalhar.

Uma palavra só: gratidão.

Segundo elas, Tony Robbins agregou tanto valor para suas vidas no passado que elas queriam apenas retribuir a gentileza por um fim de semana.

Boom!

(Para não dizer que 100% do staff do evento era voluntário, os seguranças eram de uma empresa terceirizada e o pessoal da mesa de som e luz devia ser profissional também).

TOMORROWLAND

Falando nisso, o negócio tinha toda pinta de festival de música eletrônica indoor.

Jogo de luzes coloridas, flash, laser, som alto, fumaça, gente pulando, gente se abraçando, gente subindo nas cadeiras… tudo isso sem usar doce nem bala.

Mas por que isso?

Por causa de um conceito chamado ACTIVE LEARNING (aprendizado ativo).

Depois de quase 40 anos fazendo esse tipo de evento, o Tony chegou à conclusão de que se ele passasse 14 horas seguidas em cima do palco, as pessoas não iam internalizar o conteúdo que ele estava querendo passar.

A cada 30-40 minutos, a palestra para, as luzes se apagam, o DJ solta música de boate e a galera começa a pular que nem esse vídeo aí em cima.

Daí o Tony manda a galera ficar em grupos de três. Daí um faz massagem no outro. Depois troca.

Depois o cara que está no meio tem que criar uma coreografia pra música que está tocando. Depois troca de novo.

Ele faz isso para manter as pessoas “in state” ou pilhadonas.

Desde pequenas, as pessoas estão doutrinadas a ficar quietas para aprender. O bagulho funciona assim em 99,9% das escolas do mundo.

Só que o ser humano absorve mais quando está em atividade, “in-state”, pilhadão e em grupo. Por isso que tinha tantas atividades com a pessoa do lado.

Pra te falar a verdade, eu achei aquilo tudo uma boa merda.

São 14 horas por dia com uma média de 1 break desses por hora. Em 4 dias de evento, eu já estava de saco cheio de ficar dando pulinho e fazendo massagem na pessoa do lado. Vai pra puta que pariu, Tony Robbins.

YES! YES! YES!

Lembra daquele filme do Jim Carrey que o cara tá frustrado no trabalho, daí vai num evento motivacional desses e passa a dizer “SIM” pra tudo?

Tenho quase certeza que o guru do filme foi inspirado no Tony Robbins.

Teve uma dinâmica que o Tony fez as 10mil pessoas gritarem repetidamente a palavra YES.

Vale lembrar que o Raiam e a meia dúzia de céticos não entraram muito na onda.

Se liga no vídeo aí… cada palma é um YES:

ANDANDO NO FOGO TONY ROBBINS

Um dos momentos mais intensos do Unleash The Power Within acontece logo na primeira noite.

Lá pras 11:30 da noite do primeiro dia, as 10mil pessoas se dirigem ao estacionamento do centro de convenções para fazer a Firewalk.

Antes de sair para o estacionamento e fazer a galera andar no fogo, o Tony ficou no palco durante umas 2 horas explicando como nós deveríamos proceder para não nos queimarmos.

  1. Ficar in-state (pilhadão) antes de chegar na brasa
  2. Olhar sempre pra frente
  3. Não dar passos nem curtos nem longos
  4. Colocar o mantra “cool moss” na cabeça (limo frio em português)
  5. Continuar in-state até os ajudantes do Tony tacarem água da mangueira

Depois de uns 45 minutos de espera ao som de YES! YES! YES! e de tambores africanos, andei sobre a brasa.

Aparentemente, o firewalk é uma metáfora para dizer algo do tipo: “Se você conseguiu andar no fogo e não se machucou, você consegue qualquer coisa na sua vida”.

Se liga no vídeo da Oprah Winfrey fazendo o Firewalk do Tony Robbins.

https://www.youtube.com/watch?v=-LjQ5-MdBkk&ab_channel=ImaniSpeaks

MESTRE DO UPSELL

Para a galera que não conhece esse termo, vou explicar com um exemplo do McDonald’s.

Tá ligado quando você pede uma McOferta e a atendente te pergunta: “Aumenta a batata?”

Daí se você diz sim, ela já te oferece um sundae de sobremesa?

Isso aí é upsell. Você gasta com uma coisa… e a loja te faz comprar algo relacionado quando tu já tá com o cartão na mão.

Nunca vi ninguém fazendo upsell tão bem quanto o Tony Robbins.

Ao invés de cobrar 1 real a mais que nem o McDonald’s, ele faz vendas de 5mil, 7mil, 10mil, 20mil e 1 milhão de dólares em cima da galera que já pagou US$1.000 pra estar ali.

Foda né?

Por 5 mil dólares, você faz 30 sessões de coaching com um profissional certificado pela empresa do Tony durante um ano. É o programa RESULTS COACHING.

Por 7 mil dólares, você participa do Date With Destiny, um evento de 7 dias que é praticamente um upgrade dessa conferência que eu fui. Foi no Date With Destiny que gravaram o documentário Eu Não Sou Seu Guru do Netflix.

Por 10 mil dólares, você participa de um seminário chamado Business Mastery, que é um evento para empreendedores organizado pela galera do Tony mas sem a presença dele.

Se liga em como eles fizeram a venda no telão:

Por 20 mil dólares, você se matricula na Mastery University (3 eventos + coaching VIP).

Por 1 milhão de dólares, você tem 7 sessões de coaching de uma hora com o próprio Tony Robbins (mas ele não vai até você hehehe).

O interessante é que a grande maioria dos pitches de venda eram feitos quando o Tony Robbins NÃO estava no palco. O produto é dele mas é outra pessoa que faz o trabalho sujo de subir no palco e “pedir dinheiro”.

Para o Business Mastery, quem fez a venda foi esse sósia do Tio Chico da Familia Adams.

A cereja no bolo foi na hora de vender o Mastery University (20mil dólares). Além de todos os benefícios do programa, Tony falou que ia tirar foto com todo mundo que se matriculasse nos minutos seguintes.

O resultado foi esse aqui:

Eu pensei que ele ia tirar foto com um por um… afinal nego pagou quase 70mil reais pelo produto dele!

Mas não…foto em grupo! Tá vendo aquele braço com sinal de rock’n’roll lá atrás? Aquela cabeça de boné azul é o Tony Robbins.

Contei umas 50 pessoas na foto.

Se cada uma pagou 20mil dólares, isso significa que o Tony gerou 1 milhão de dólares com uma única “palestra de venda” de pouco menos de uma hora de duração. E ainda teve a galera que se matriculou depois dos primeiros 10 minutos da foto.

É por essas e outras que a galera do marketing multinível I-DO-LA-TRA o cara!

POR QUE NEGO COMPRA?

O engraçado é que todos os upsells aconteciam logo depois de momentos bem intensos onde o povão se conectava com os próprios sentimentos.

Ou eles vendiam depois de um “momento-balada” bem energético ou era depois dos processos de hipnose onde as luzes se apagavam e a voz lenta e profunda do Tony falava coisas que faziam a galera chorar.

Parece que a intensidade do pula-pula e da hipnose deixa a gente mais propício a gastar dinheiro sob aquela velha premissa:

“Estou pilhadão. Vou fazer essa grana de volta. Saporra vai voltar multiplicada”

A conferência durou 4 dias. Eu só fui ficar pilhadão que nem as outras 10mil pessoas no último dia.

Eu fui lá e fiz a maior compra da minha vida. Nunca tinha gasto tanto comigo mesmo.

Não, não foi com nenhum produto Tony Robbins mas o “efeito Tony Robbins” contribuiu muito pra isso.

Não preciso nem dizer que me arrependi profundamente nos dias que seguiram.

Vida que segue.

PARAÍSO DE LADRÃO

A gente ficava de 9 da manhã até as 11 da noite dentro de um salão no centro de convenções.

E se eu te disser que as pessoas deixavam suas mochilas E SEUS CELULARES (!) em cima das cadeiras para simplesmente “guardar lugar”?

Não vi um, nem 5 e nem 10 celulares dando mole enquanto seus donos estavam no banheiro ou comprando alguma coisa na lanchonete.

Imagina isso no Brasil…

Fazia muito tempo que eu não via tanta gente “do bem” em um lugar só.

Outro exemplo disso foi na hora que o Michel foi comprar um sorvete e o cartão dele não passou. A mulher que estava logo atrás foi lá e pagou o sorvete dele na gentileza.

FAST FOOD NATION

Os Estados Unidos é um país gordo por natureza.

De acordo com o Center for Disease Control and Prevention, 40% da população americana é obesa.

Você anda na rua e o que mais vê é gente acima do peso.

Falei lá no início do post do perfil premium do público do Tony Robbins e esqueci de tocar num outro ponto que me chamou muita atenção: o perfil fit da galera.

Vi pouquíssima gente acima do peso. Com 40% da população obesa, se tinha 5% no evento era muito.

Pega esse vídeo do canal do Jordan Wang sobre o UPW 2017 e procura os gordos.

Outra parada que me chamou a atenção: as lanchonetes do evento eram administradas pelo próprio centro de convenções de Palm Beach e não pela galera do Tony Robbins.

Isso quer dizer que eles serviam junk food pesadona como em qualquer evento grande nos Estados Unidos.

No primeiro dia, não tinha como fugir. Era aquilo ou ficar com fome até terminar o Firewalk à 1 da manhã.

No segundo dia, não é que as filas ficaram mais vazias?

Por quê? A galera passou a comprar frutas, sucos e outras coisas saudáveis no mercado e levar na bolsa estilo marmitex.

Conclusão: as pessoas que consumem a “auto-ajuda” do Tony Robbins realmente se preocupam com a saúde do corpo também.

O EFEITO UDEMY

Quem me acompanha há mais tempo conhece muito bem um dos principais patrocinadores desse humilde site: a plataforma de cursos online Udemy.

Falando nisso, eles mudaram a identidade visual e trocaram o verde pelo vermelho.udemy new logoO Udemy faz promoções bem freqüentes, várias delas dando mais de 90% de desconto nos cursos online.

Aí o que que a galera faz quando o preço tá baixo assim? Compra um monte.

E o que acontece depois? Eles nunca fazem a porra dos cursos!

Sabe por quê? Porque não doeu no bolso.

Eu sou uma prova disso. Tem pelo menos uns 50 cursos não-completos na minha conta aqui.

Hoje em dia, ao invés de comprar vários na promoção eu compro um só a preço cheio. Dói o bolso mas meu ego não me deixa desperdiçar algo que me custou 500 contos. Os cursos caros, eu acabo me forçando a completar todos.

Por que eu tô falando do Efeito Udemy?

Por que eu entrei no Unleash The Power Within cético…. e saí cético.

Enquanto a galera inteira tava pilhadona pulando, eu ficava praticamente de braços cruzados.

Não aproveitei direito a conferência talvez pelo fato de que eu não gastei um centavo com aquilo ali.

Talvez se eu tivesse feito o investimento e doído o bolso, eu teria me interessado mais pelo pula-pula, pela gritaria e pelas sessões de hipnose em grupo.

 E AÍ?

E aí que, apesar de ter saído com o pé atrás, uma coisa eu tenho que reconhecer: ele é pica no que faz e as paradas que ele prega  fazem efeito.

Eu tinha o exemplo vivo disso do meu lado.

O Michel entrou em state, participou de coração das dinâmicas e era a pessoa mais pilhada da conferência inteira. Olha o vídeo dele andando sobre o fogo.

Mano, ele saiu de lá extremamente energizado e já tá produzindo pra caralho nas empresas dele.

Pergunta se ele vai voltar ano que vem?

Não só o Michel.

A mulher que estava do meu outro lado estava indo para um evento do Tony Robbins pela 8a vez. Oito vezes, mano! Ela não devia ter nem 35 anos.

Por quê? A vida dela simplesmente melhorou com aquilo.

Criaram um grupo no Facebook para reunir o pessoal que participou do UPW Palm Beach 2017 e é impressionante ler o depoimento das pessoas em como a vida profissional e pessoal delas mudou nessas 2 semanas desde o evento.

Para mim, a parada mais interessante da conferência inteira é uma técnica de PNL chamada DICKENS PROCESS. Negócio poderoso para acabar com qualquer crença limitante do passado.

Se as 50+ horas da conferência fossem resumidas ao Dickens Process, já teria valido a viagem. Vale uma pesquisada no Processo Dickens depois.

Eu pagaria 6mil reais para participar do próximo evento? Não.

Eu acredito que as palavras, exercícios e rituais do Tony Robbins funcionam para a vida das pessoas? Sim.

Se não funcionassem, o cara não estaria ali falando para 10mil pessoas todo fim de semana e treinando as pessoas mais influentes e importantes do mundo.

Mas e aí, Raiam? Como você tá?

Com ou sem a ajuda do Tony Robbins, eu tô melhorando!

O pior já passou. Um sinal disso é que eu tô até botando a cara aqui no blog. Valeu aí pela preocupação!

Vou parar por aqui que o post já ficou muito longo.

Antes de terminar, aqui vai um upsellzinho de leve (valeu, Tony).

Se você tem dificuldade ter foco num mundo cheio de distrações e notificações, eu criei um curso online onde mapeio o passo-a-passo para você ajustar o seu dia para maximizar o fator foco e executar aquele projeto que você tem empurrado com a barriga durante tanto tempo.

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~Raiam