Esses dias peguei pra ler um livro interessante pra caramba.
Fiquei galudão só de olhar o título: Confessions of an Economic Hitman, de John Perkins.
Em Portugal, o livro saiu como Confissões de um Mercenario Econômico: A Face Oculta do Imperialismo Americano.
Acho que não publicaram no Brasil mas, já que 95% da galera que lê meu blog é pica no inglês, vale a pena pegar a versão original.
Hitman em inglês é aquele cara que é pago para matar alguém. Tipo um capanga daqueles filmes que mostram o sertão brasileiro no inicio do século passado.
Mas como assim um “capanga econômico”?
Quase desisti de ler porque os primeiros capítulos eram bem melosos e lentos.
No ritmo de uma autobiografia … só que era uma autobiografia de um cara totalmente desconhecido.
Qual é a graça disso?
Bom, lá pro terceiro capítulo que a coisa começou a ficar interessante.
O cara passou uns anos como voluntário do Peace Corps no Equador.
Espião do Governo
Quando voltou pros States, usou suas habilidades na língua espanhola e seu conhecimento da América Latina e conseguiu um emprego meio obscuro no governo.
Obscuro porque ele não podia contar pra ninguém o que ele fazia.
No papel, ele era um economista, um estatístico, um analista … um consultor internacional.
Mas de acordo com ele mesmo, seu trabalho era malocar milhões de dólares de países otários.
O que ele fazia?
Bolava estimativas econômicas super otimistas para convencer governos a pegarem altos empréstimos em moeda estrangeira (Banco Mundial e FMI) com o objetivo de financiar megaprojetos de engenharia.
Em sua grande maioria, quem executava essas construções eram empresas americanas como Bechtel, Halliburton e Brown & Root.
O que sempre acontecia?
Nego não conseguia pagar a dívida, as contas dos governos iam pro pau e eles eram obrigados a abrir as pernas para os Estados Unidos.
De que forma? Entregando petróleo e também cedendo território pros Estados Unidos botarem bases militares.
Cara, agora tudo faz sentido né? Olha que coincidencia? Tem base militar americana perto de quase todos os poços de petróleo da região né?
Mas aí… a medida que eu lia sobre as loucas aventuras de John Perkins, eu tinha um misto de raiva e crise de riso.
Raiva porque o que ele contava ali tem tudo a ver com a crise de hiperinflação que o Brasil passou durante a década perdida de 1980.
O Brasil estourou a dívida externa basicamente por causa do bom trabalho feito pelos economic hitmen.
É por causa dessa década perdida que a geração dos nossos pais é tão cagona e tão obcecada com a tal da estabilidade.
Isso porque eles nunca tiveram estabilidade.
E riso porque eu não me conformava com a inocência dos otários que tomavam decisões nos países-vítima.
Caraca, como um governante pode ser tão burro?
E bota aí Equador, Indonesia, Panamá, Guatemala, México, só pra citar alguns.
E esse trabalho de capanga financeiro não se limitava a país pobre não.
Com a crise do petróleo no final dos anos 1970, a Arabia Saudita botou muita grana no bolso.
Sabendo disso, os hitmen fizeram de tudo para canalizar o máximo dessa grana de volta para os Estados Unidos.
Conseguiram convencer o príncipe da Arabia Saudita a contratar empresas de engenharia dos EUA para fazer mega obras de infraestrutura no meio do deserto.
Fizeram vários estudos de viabilidade, relatórios financeiros semi-adulterados com números super otimistas para o futuro daquele país e mostraram por que eles precisavam fazer tantas obras.
Obras totalmente inúteis, de acordo com o próprio Perkins.
Como ele conseguiu? Numa visita oficial aos EUA, Perkins botou um monte de loira gostosa na suíte do príncipe.
Como toda boa historia, ele tem que se fuder um pouquinho.
Não sei como ele ainda está vivo…
Mas eu vou deixar essa parte com você porque o livro é bom pra caralho e não quero estragar a história.
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Disclaimer:
Encarei as historias desse livro como historinhas de gibi e não vou votar na Dilma só porque fiquei indignado com a falta de ética dos EUA nos anos 1980.
Sou brasileiro mas cresci nos Estados Unidos e sou muito grato ao imperialismo americano.
Sem ele não teria tido a oportunidade de ser atleta e estudar numa das melhores universidades do mundo como UPENN.
“
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