Tô acompanhando a Olimpíada de longe e vou te falar que uma coisa: falta individualismo no Brasil.
O quê, Raiam?
Sim, somos um povo que pensa muito no grupo e pouco no indivíduo.
E isso tem um efeito direto na performance esportiva dos nosso atletas.
Calma que eu não tô aqui para pregar estrelismo nem falta de “teamwork”. O negócio aqui é outro tipo de individualismo.
Continua rolando a tela que você vai entender melhor…
A filosofia Gracie
Esses dias, eu entrevistei um cara chamado João Ricardo Mendes no meu podcast.
Se você nunca ouviu falar dele, ele é um camarada lá do Rio que, com 20 e poucos anos, criou uma empresa que hoje vale só 4 bilhões de reais.
Já ouviu falar no Hotel Urbano?
O objetivo do meu podcast é basicamente fazer uma espécie de engenharia reversa na mentalidade dos entrevistados e descobrir por que eles são tão fodas dentro de seus respectivos segmentos.
João foi criado no ambiente do Jiu Jitsu e teve muito acesso aos cascas-grossa da família Gracie.
Na parte da entrevista que ele fala da importância do esporte na construção da pessoa que ele é, ele conta umas histórias bem interessantes do mundo do Jiu Jitsu.
Se quiser acompanhar da boca dele, escuta o episódio #3 do Podcast MundoRaiam lá no YouTube e vai para o minuto 23:00 que é onde ele começar a falar de artes marciais e negócios.
Se estiver com preguiça de abrir outra aba, separei uma passagem aqui:
“Na Gracie Barra, a gente não admirava o cara que ganhava campeonato. A gente admirava o cara que não pedia para parar treino. A pergunta não era “Quem pegou quem?”. A pergunta era “Quem pediu para parar?”.
Daí, João trouxe uma história curiosa da relação entre o patriarca do BJJ Hélio Gracie e seu filho Rickson Gracie na infância.
Quando o muleque ganhava um campeonato, Hélio Gracie dava um presente pra ele.
Quando o muleque perdia um campeonato, Hélio Gracie fazia questão de dar dois presentes.
Como assim? Pra quê isso?
Simplesmente para tirar o fardo da derrota e fazer o muleque entrar leve, solto e despreocupado na luta.
Não preciso nem dizer que o Rickson ganhava muito mais do que perdia.
Agora eu te pergunto:
Você viu algum atleta brasileiro entrando leve, solto e despreocupado para competir na Olimpíada?
Eu não.
Fala tu, Mestre Jobim
Tom Jobim é um cara que eu respeito pra caramba.
Meus pais são amantes da boa música e me botaram para ouvir bossa nova, música clássica, smooth jazz e soul music americano desde que eu tinha uns 6 meses de idade.
Lembro como se fosse hoje do dia que meu pai chegou em casa fardado e disse “Tom Jobim foi pro céu”. Tinha uns 3 ou 4 anos.
Assim como eu, Tom foi criado no Rio, passou muito tempo no exterior e conseguiu grande parte de suas maiores conquistas fora do Brasil.
Esse tempo fora do Brasil o transformou num dos maiores mestres na “arte” da comparação internacional.
Quer ver o Raiam chorando que nem manteiga? Pega um vôo comigo para o Brasil, toca Samba de Orly no caminho para o aeroporto e Samba do Avião uns 10 minutos antes do avião pousar no Galeão.
Tiro e queda.
Jobim é o dono da célebre frase: “Morar no exterior é bom… mas é uma merda. Morar no Rio de Janeiro é uma merda… mas é bom”
Mas a frase de Tom Jobim que tem a ver com esse texto é a seguinte:
“No Brasil, sucesso é uma ofensa pessoal”
Trouxe esse assunto pela primeira vez quando soltei aquele artigo Preto Vítima, Eu Não.
Na ocasião, eu critiquei o coitadismo da grande maioria da população negra do Brasil, especialmente dos “negros de destaque” como Taís Araújo, Maju Coutinho e Sheron Menezes.
O hook do artigo foi o seguinte: esses “negros de destaque” só estão sofrendo bullying na internet porque os haters se sentem ofendidos com o sucesso deles.
A verdade é que o Brasil é o país do Schadenfreude.
Caralho eu tô tão inspirado hoje que até importei um termo do alemão.
Schadenfreude é a mistura das palavras schaden (=desgraça) e freude (=alegria)
Em linhas mais simples, schadenfreude é se divertir com a desgraça dos outros.
Já rodei o mundo algumas vezes e vou te falar que não existe um país que leva o Schadenfreude tão a sério quanto o Brasil.
Uma simples evidência disso é a quantidade de memes produzidos pelos internautas brasileiros quando alguma pessoa de destaque tem algum tipo de tropeço.
Ficaria curioso para conhecer estatísticas-macro dos países que mais produzem meme no mundo. Acho que o Brasil leva medalha de ouro nesse esporte. Criatividade é o que não falta.
Eu mesmo sou desses.
Semana passada, eu me diverti pra caramba com os memes que pipocaram por aí zoando a Joanna Maranhão.
Odeio discutir política mas reconheço que sou anti-comunismo, anti-PT, anti-PSOL, anti-assistencialismo, anti-coitadismo, anti-viver-do-passado… todas as bandeiras levantadas pela Joanna Maranhão.
Mas aí… a Joanna Maranhão é muito melhor no que ela faz do que eu, Raiam, no que eu faço.
Cabum! Sou brasileiro e, infelizmente, ainda preciso lutar muito para retirar o vírus do schadenfreude do meu sangue.
Quem me dera se eu fosse o 15o escritor mais vendido do planeta…
Ok, Raiam! O que jiu-jitsu, Tom Jobim, schadenfreude e memes de internet têm a ver com as decepções olímpicas do Time Brasil na Rio 2016?
Vamos ali nos Estados Unidos que eu te explico.
Correspondente Internacional
Essa é a terceira Olimpíada que eu acompanho em solo americano e vou te mandar uma real: NINGUÉM LIGA PARA OLIMPÍADA NESSA PORRA.
Como assim, Raiam?
Quer ver a Olimpíada na TV aberta dos Estados Unidos? Vai ter que esperar até as 20:30 e acompanhar o videotape na NBC.
E olha que a NBC só passa os esportes mais midiáticos como natação, ginástica artística e atletismo.
Com a eclosão das redes sociais, a grande maioria dos telespectadores já sabe o resultado de todos aqueles eventos que eles estão vendo na TV.
Vou te falar que essa “negligência” do povo americano com relação aos esportes olímpicos é extremamente positiva para a performance dos atletas.
Por quê?
Lembra do “fator Rickson Gracie” que eu descrevi ali em cima?
Sim, o cara entra leve, solto, despreocupado e só pensa na performance dele.
Aqui nos Estados Unidos, você raramente escuta frases como:
“Eu fiz isso para essa torcida maravilhosa”
“Vou ser exemplo para as criancinhas”
“Vou dar felicidade pro meu povo”
“Peço desculpas à torcida americana”
Sabe por quê? Porque o atleta americano sabe que o povo tá pouco se fudendo para a performance dele.
E isso libera ele para se preocupar com uma coisa só: ele mesmo!
Nos jogos de Londres 2012, os Estados Unidos ganharam um total de 46 medalhas de ouro.
Se você perguntar o nome desses campeões olímpicos para um americano comum, eu te garanto que ele vai lembrar só do Michael Phelps… e olhe lá!
Cultura Boston Celtics
Essa indiferença toda me fez lembrar do Boston Celtics, equipe que foi 17 vezes campeã da NBA.
Vai em qualquer arena dos Estados Unidos e olha para cima.
Além de um placar eletrônico bonitão, você vai ver vários banners tipo esses aí da foto.
Só que tem uma diferença bem marcante que quase ninguém nota.
Numa única temporada, você pode ser campeão da sua divisão (grupo com 8 times), da sua conferência (liga com 15 times) e da porra toda (a NBA inteira tem 30 times).
Os times “normais” da NBA penduram os três tipos de banner no ginásio.
Vai no ginásio do Boston Celtics, você não vai ver nenhum banner de campeão de divisão nem de conferência.
Para eles, a única coisa que importa é o título da NBA.
Ganhou a divisão e a conferência mas perdeu na final? Nada de banner no ginásio!
O Brasil ganhou zero medalhas na natação. Depois dá uma olhada no artigo Desempenho ruim faz natação mudar discurso e valorizar finais do UOL Esporte.
Para maquiar o desempenho zerado na natação, o presidente da federação disse algo nas linhas de:
“Batemos o nosso recorde de finais. Foram 8 dessa vez. Em Londres foram só 5. Em Beijing 6.”
Eu fiquei totalmente perplexo quando li aquilo. Minha primeira reação foi tipo:
“Que mentalidade perdedora! Vai pensar pequeno assim na puta que pariu!”
Daí eu automaticamente lembrei dos banners do Boston Celtics e tive que dar um passo atrás.
É impossível implementar a tal “Cultura Boston Celtics” sem instalar o software da excelência no HD mental do atleta e do dirigente.
Como se consegue isso? Com um ambiente de excelência!
Pensa comigo: além do Celtics, o que mais tem em Boston?
No hockey, tem Boston Bruins que é um dos maiores vencedores da Stanley Cup. Excelência.
No futebol americano, tem o New England Patriots que foi para 6 Super Bowls nos últimos 10 anos. Excelência.
No baseball, tem o Boston Red Sox, maior vencedor da Major League Baseball nos anos 2000. Excelência.
Na parte acadêmica, tem Harvard University e o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Excelência.
Excelência por toda parte.
Te garanto que ninguém ali comemora medalha de bronze…
Amarelou em casa?
De acordo com a projeção do COB antes do início do jogo, o Brasil ganharia entre 24 e 27 medalhas na Rio 2016.
Escrevo esse texto no sábado 13 de agosto um pouco antes do jogo Brasil x Argentina de basquete. Depois de oito dias de competições, o Brasil conquistou apenas 4 medalhas até agora.
Tudo bem que tem muita Olimpíada pela frente e o Brasil sempre foi mais forte naqueles esportes coletivos que dão medalha no último fim de semana dos jogos.
Mas aí… entra nesse link aqui (O que dizem as principais projeções olímpicas sobre o desempenho do Brasil.) e dá uma olhada mais detalhada nas projeções pré-Olimpíada.
Sim, você matou a charada: metade da galera “projetada” já terminou sua competição de mão vazia.
Já podemos considerar nossa performance um fracasso?
Não! Tem muito mais coisa por trás disso.
E não… não vou botar culpa na falta de investimento.
Cá entre nós, nenhum país “investiu” tanto em Olimpíada quanto o Brasil né?
A missão mais assustadora que existe
Essa “pseudo-amarelada” da primeira semana da Olimpíada me fez lembrar de dois momentos inesquecíveis da minha vida.
O primeiro foi o apagão psicológico do 7 x 1 na Copa de 2014.
Vale lembrar que o apagão psicológico do 7 x 1 começou pelo menos uma semana antes do jogo com a Alemanha. Ou você não lembra daquele chororô das Oitavas de Final contra o Chile?
O segundo grande momento foi minha própria participação na Seleção Brasileira.
Sim, antes de virar escritor, antes de abrir empresa e antes de trabalhar com bolsa de valores, eu fui atleta de futebol americano.
Joguei alguns jogos pela Seleção Brasileira de futebol americano (sim, isso existe e tem federação e tudo) e fui até convocado para jogar uma Copa do Mundo.
Olha eu ali no meio da foto.
Quando você coloca a camisa amarela no peito, parece que você toma dois choques de uma só vez.
O primeiro é o choque do dever cumprido:
“Caralho, eu sonhei a infância inteira que eu ia representar o Brasil e cantar o hino nacional dentro de campo”.
O segundo é o choque da pressão psicológica… e ele dura muito mais que o primeiro choque:
“Caralho, se eu cometer um errinho aqui, eu vou ser malhado pelo resto da minha vida”.
Sim, senhores! A tal camisa amarela pesa pra cacete… seja no futebol, no basquete ou na porra do futebol americano.
E muito disso tem a ver com o schadenfreude que toma conta da cultura brasileira.
Posso estar errado mas todo mundo que zoa fora da quadra já sonhou, pelo menos uma vez, em vestir a camisa da Seleção e representar o Brasil em alguma coisa.
Quando algo dá errado, o atleta de amarelo sabe que o povo vai abusar do schadenfreude.
Lembra ali em cima que eu falei sobre a negligência do povo americano para esportes olímpicos?
Acho que a grande diferença de performance entre um país e o outro vem do conflito do “Jogo Interno versus Jogo Externo”.
Vou explicar esse conceito da maneira mais simples possível.
Por causa da negligência da mídia e do povão nos Estados Unidos, o atleta olímpico americano foca no individual antes de pensar no externo.
A preocupação dele é a seguinte:
“O que eu preciso fazer para ser a melhor versão de mim mesmo”?
Uma coisa que eu notei na linguagem corporal dos brasileiros que competiam na Olimpíada foi a inversão desses valores.
De Gabriel Jesus a Thiago Pereira…
De Leandro Barbosa a Jade Barbosa…
De Pedro Solberg a Sarah Menezes…
O que vemos é muita preocupação com a Globo, muita preocupação com a torcida, muita preocupação com o COB, muita preocupação com jornalistas, muita preocupação com a opinião externa e pouco foco no jogo interno.
Multiplica isso por 10 porque o evento tá rolando em solo brasileiro e com torcida a favor!
Irmão, o cara tem que tem que ser MUITO ninja para saber controlar nisso numa Olimpíada dentro de casa extremamente dominada pelo tal “jogo externo”.
Quando o “jogo externo” toma a frente do “jogo interno”, acontece um perigosíssimo fenômeno chamado MEDO DE ERRAR.
Medo de Errar
Mano, quando você entra com medo de falhar, você acaba falhando 100% das vezes.
É o poder do subconsciente.
E isso explica muito bem a quantidade de atletas brasileiros que dominaram o ciclo olímpico, ganharam campeonatos mundiais nos últimos 4 anos e “amarelaram” quando chegaram na Rio 2016.
Em janeiro de 2015, tivemos um jogo de mata-mata contra o Panamá na Cidade do Panamá.
Quando eu jogava na Pennsylvania, eu só pensava na minha performance dentro de campo.
Quando eu fui jogar pela Seleção, eu não conseguia parar de pensar nos haters da internet e na mídia especializada.
E olha que o futebol americano é um esporte praticamente sem mídia.
Tecnicamente, eu era um dos melhores jogadores dentro daquele estádio. Dez anos de futebol americano, vários títulos individuais e um anel de campeão da Ivy League no dedo.
Mas psicologicamente, eu tava completamente fudido… exatamente por causa do tal jogo externo.
O jogo contra o Panamá estava sendo transmitido ao vivo pela ESPN para todo Brasil e aquele espírito de David Luiz de se preocupar em “querer dar alegria para as pessoas” tomou conta da minha cabeça.
Foco no jogo externo gera o quê? Medo de errar!
Medo de errar gera o quê? Erro!
Com o jogo pau-a-pau no segundo quarto, eu errei um field goal de 42 jardas.
O juiz mandou voltar porque o time adversário havia cometido uma infração.
Com a falta, o field goal passou a ser de 37 jardas.
Chutei de novo… e errei de novo.
A perna pesou. E eu não conseguia parar de pensar na zueira do Twitter com meus dois erros consecutivos.
No intervalo, resolvi dar um reset no HD do meu cérebro.
A partir daquele momento, eu basicamente mandei o “Brasil inteiro” tomar no cu e decidi focar apenas no jogo interno do Raiam.
No caso, a expressão “Brasil inteiro” significa todo mundo que não estava dentro daquele estádio panamenho e vestindo a mesma roupa amarela que eu.
Chutei mais de 50mil field goals e passei milhares de horas na sala de musculação ao longo daqueles 10 anos inserido no mundo do futebol americano de high school, NCAA e adulto.
Se o “Brasil inteiro” não estava comigo em nenhum daqueles momentos, por que eu deveria me preocupar com ele naquela noite?
Voltei pro segundo tempo, os companheiros me colocaram numa boa posição de campo e meti dois field goals decisivos.
Se ficou curioso pela história do jogo, clica na matéria da ESPN: Brasil faz história e conquista vaga inédita para Copa do Mundo de futebol americano .
Aí eu até vou pedir a tua opinião. Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?
O medo de errar gera um foco excessivo no jogo externo. Ou será que o foco excessivo no jogo externo gera o medo de errar?
Jogo interno: o que eu posso tirar disso?
Sou mentor de uma mulecada em idade de faculdade e vou te falar que essa é uma das paradas que mais me dão prazer no meu trabalho atual. É um trabalho porque eu cobro pra isso, né?
Um dos meus mentorados é um camarada lá do IBMEC-Rio.
Esses dias ele me contou todo feliz que passou no Top100 da Conferência ENE e me pediu umas dicas.
Eu troquei uma ideia com ele e no final ele me mandou a seguinte mensagem:
“Show. Vou fazer isso mesmo, obrigadão. Vou lá representar o nosso Rio”
Boom! Jogo externo: ferramenta para o fracasso.
Dei um puxão de orelha nele na hora e acabei chacoalhando o muleque.
Representar o Rio é o caralho, irmãozinho! Experimenta representar você mesmo e ignorar o resto.
Ele veio me agradecer depois.
Individualismo é o melhor remédio contra a ansiedade.
Acho que não existe um ser humano sob mais pressão do jogo externo e do Schadenfreude hoje em dia do que o Neymar.
Alguém viu o Neymar dando entrevista durante a Olimpíada?
Ele postou quantas fotos mostrando a língua no Instagram nos últimos 10 dias?
Zona-mista é jogo externo. Entrevista coletiva é jogo externo. Instagram é jogo externo.
O muleque tá respondendo só focando no que ele sabe fazer de melhor.
Quando cai a ficha que o jogo interno é 500mil vezes mais importante que o jogo externo, tua cabeça volta ao modo “Rickson Gracie” que eu citei lá no início do texto: leve, solto e despreocupado.
Aí fudeu! Vai pipocar medalha de ouro na tua vida.
Experimenta ser um pouco mais individualista a partir de agora… e me manda um email no [email protected] daqui a algumas semanas pra trocar ideia.
~Raiam
Curtiu o post? De vez em quando, solto um conteúdo com essa pegada no email e ficaria muito feliz se tu se inscrevesse lá na minha newsletter. Tamo junto!
Falando nisso, depois dá uma olhada nos meus livros Hackeando Tudo (best-seller em auto-ajuda), Wall Street (best-seller em negócios e biografias), Turismo Ousadia (best-seller em Turismo) e Missão Paulo Coelho.
Os três estão disponíveis em formato ebook no Amazon e em formato audiobook no Ubook! Aproveita e pega 1 mês grátis para experimentar o serviço e começar a escutar livros no smartphone: mundoraiam.com/audiolivros.
Se interessou pela mentoria? Manda um email para [email protected].