O MundoRaiam começou há um ano atrás como um site de resenha de livros.
Ao longo do tempo, fui adaptando o conteúdo para o público que vinha chegando.
Hoje em dia somos mais de 100mil acessos mensais e a grande maioria dessas pessoas vem por causa dos posts com pegada motivacional e de mercado financeiro.
Lá nos primórdios do blog, de vez em quando eu convidava uma galera jovem acima da média para fazer guest-post.
E o desafio do guest-post era o seguinte: escreve sobre um livro que mudou a sua vida.
Já convidei o Fernando Marchezi (Pare de Se Sabotar E Dê A Volta Por Cima), o Felipe Monteiro (O Jeito Warren Buffett de Investir) e o Adão Iuri (Confidence) para escrever aqui.
Resolvi retomar os guest posts e hoje é a vez do Guilherme Castro.
Quem é Guilherme Castro?
Guilherme é um dos muleques mais brilhantes da minha rede de contatos aqui no Rio de Janeiro.
Ele faz economia no Ibmec, toca uma startup de energia solar e é sócio de uma empresa de investimentos… tudo isso com apenas 20 aninhos de idade.
(Ele é tão juvenil que não lembra dos Mamonas Assassinas)
Tenho uma opinião muito forte sobre a inutilidade da grande maioria dos cursos universitários e sempre brinco que o Guilherme vai ter fracassado se chegar até o final da faculdade com o diploma na mão.
Se minhas expectativas estiverem certas, o muleque vai ficar milionário antes de terminar o curso e vai mandar a faculdade pra puta que pariu.
Conheci o Guilherme na palestra “Uma Carreira no Mercado Financeiro” que ministrei no IBMEC em maio.
Nas palestras que faço sobre mercado financeiro, sempre ressalto a importância do networking para a carreira do jovem.
E na mesma moeda, recomendo o livro NEVER EAT ALONE de Keith Ferrazzi.
Quando falei sobre networking e o poder dos relacionamentos, a sala inteira do IBMEC se virou para o Guilherme.
Achei engraçado aquele gesto das pessoas, interrompi a palestra e perguntei a razão daquilo.
Apesar de ser mais novo do que quase todo mundo lá, Guilherme era referência quando o assunto era fazer novos contatos lá dentro da faculdade.
Me identifiquei porque também era meio assim na idade dele.
Para você ter uma idéia, eu era um estudante bem mediano em termos de CR lá na Wharton Business School.
Só que no discurso de formatura, a diretora da universidade fez questão de encher a minha bola por ser o maior networker que ela já conheceu.
Isso na frente de toda a galera que me zoava por causa daquilo… e de seus respectivos pais.
Vou te falar que aquele foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. (O vídeo do discurso tá aqui)
No caso do Guilherme, notei que os “networking skills” dele eram meio mal-vistos pelos outros estudantes da faculdade.
Na maioria das vezes, quando a pessoa fala que o cara é um “vendedor” e um “marketeiro”, geralmente tem uma conotação ruim.
Na minha visão, ser vendedor e marketeiro é uma das habilidades mais raras e mais importantes do mundo atual.
Sobre esse ponto, recomendo altamente que você leia o livro A Educação dos Futuros Milionários de Michael Ellsberg.
No livro, Ellsberg aponta 7 skills que ninguém aprende em faculdade mas que são extremamente importantes no mercado de trabalho.
Já citei duas delas e as outras você vai aprender lendo livro.
(Quando terminar, chega lá no email [email protected] e me diz se você não acha que perdeu/está perdendo tempo na faculdade)
Bom, chega de encher linguiça, chega de networking e chega de encher a bola da criança e vamos para a resenha do livro O Poder do Hábito de Charles Duhigg.
Vale lembrar que O Poder do Hábito foi um dos livros que me inspiraram a escrever o Hackeando Tudo.
Não preciso nem dizer que esse livro mudou minha vida de uma maneira muito braba.
O PODER DO HÁBITO
por Guilherme Castro
Reflita por alguns segundos e responda para si mesmo.
Qual pé do sapato que você amarrou primeiro hoje de manhã?
Por que sempre que mudamos de sala no trabalho ou na escola após um ano frequentando aquele espaço, tomamos a direção do endereço antigo quando saímos do banheiro?
Por que não conseguimos parar de roer as unhas ou de comer alguma comida que nos faz engordar?
Cientistas começaram a querer entender por que e como conseguíamos fazer algumas coisas sem pensar.
Em outras palavras, como conseguíamos funcionar no modo piloto automático?
Após estudar o caso de duas pessoas que haviam sofrido um acidente e haviam danificado parte de uma pequena e misteriosa área de nosso cérebro até então inútil do ponto de vista cientifico chamada gânglios basais, os cientistas americanos começaram a perceber que estas pessoas eram incapazes de reter qualquer informação a partir de uma certa data.
O mais interessante desta história era que esses dois homens não conseguiam descrever ações que eles tinham feito poucos segundos atrás.
Mas então, como conseguiam repetir essas ações exatamente da mesma maneira todos os dias?
Um dos homens se chamava Eugene e ele serviu, após o consentimento de sua esposa, como amostra para as pesquisas cientificas.
Eugene era incapaz de responder aos cientistas qual porta de sua casa dava acesso ao banheiro, porém sempre que sentia necessidade levantava e ia ao toalete sem errar ao menos uma vez o caminho.
Estudos realizados com ratos mostraram que, após diversas repetições, a atividade cerebral tende a diminuir enquanto estamos realizando a mesma ação.
É como se da primeira vez nosso cérebro estivesse vasculhando e analisando o que está ao nosso redor e mapeando aquela determinada atividade.
Porém, quando encontra um padrão, ele reduz os esforços e nós não percebemos mais o que esta a nossa volta.
Apenas fazemos aquilo por que nosso cérebro está, de certa forma, apenas executando um padrão antigo.
Por isso dizemos que muitas coisas nós não esquecemos, elas estão apenas guardadas na nossa memória.
Uma vez que conseguimos identificar o que faz com que nosso cérebro identifique que estamos realizando certo comportamento antigo, conseguimos lembrar ou fazer coisas que não fazíamos há anos, como por exemplo andar de bicicleta.
Os cientistas então fizeram uma enorme descoberta: o chamado loop do hábito.
O loop do hábito funciona da seguinte maneira:
Tudo começa com uma deixa (em inglês “cue”).
A deixa pode ser uma sensação, cheiro, imagem ou qualquer outra coisa chega a nosso cérebro.
Apartir de então, o cérebro poupa suas energias e faz tudo até que outro padrão apareça e ele identifique que a atividade está terminada, voltando a funcionar normalmente.
O que dá inicio a esta processo é chamado de deixa.
O que fazemos basicamente sem pensar é chamado de rotina.
O fim do loop é dado pela recompensa.
DEIXA >> ROTINA >> RECOMPENSA
Isto permitiu avanços incríveis nas áreas de marketing com as famosas histórias da Pepsodent de Claude Hopkins e do Febreeze, produto de receita bilionária da Procter e Gamble.
O esporte também tirou proveito deste avanço cientifico.
O treinador da NFL Tony Dungy transformou o Tampa Bay Buccaneers de um dos piores times da história da liga em campeão do Super Bowl.
O que ele fez? Simplesmente fez com que seus jogadores agissem sempre mais rápido que seus adversários.
E isso só seria possível caso eles não pensassem no que fazer, apenas fizerem sempre as escolhas certas, de maneira automática.
Empresas conseguiram elevar seus lucros apos implantar hábitos organizacionais na parte mais baixa de sua hierarquia.
Acontece que, quando pequenos hábitos são colocados em práticas, eles desencadeiam em outros.
Foi assim que a Alcoa conseguiu sair de uma empresa com alto índice de mortalidade por trabalhador para um dos lugares mais seguros para se trabalhar nos EUA.
O livro também volta no tempo para explicar como que um pequeno ato de rebeldia de uma mulher negra dentro do ônibus de Montgomery, uma pequena cidade no estado do Alabama desencadeou em umas das maiores rebeliões contra o racismo da história dos EUA, coroando Martin Luther King como seu grande líder.
Chegamos a conclusão então que, se sabemos como nossos hábitos funcionam, somos capazes de mudá-los e manipulá-los.
Em nenhum momento foi dito que seria fácil, é necessário trabalho duro e muitA dedicação.
Mas acreditamos que sem essas duas coisas não temos nada na vida.
Este livro mudou a minha vida, mudou também a do Raiam e tenho certeza que mudará a de todos que o lerem.
Afinal, se não temos controle da nossa mente, estamos completamente perdidos no mundo.
Baixe aqui O Poder do Hábito e não esqueça de baixar também o Hackeando Tudo: 90 Hábitos Para Mudar o Rumo da Nossa Geração! para aprender a desenvolver hábitos nesse processo DEIXA>> ROTINA >> RECOMPENSA.
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Boa Raiam e Guilherme! Ao invés de “deixa”, eu chamo de “gatilho”, como por exemplo: uma garrafinha de água do lado da cama. Assim que acordo já bebo água, 2 halteres do lado dos chinelos, logo quando pulo da cama, lembro de me alongar e fazer alguns exercícios, entre vários outros gatilhos que o livro poder do habito me deus ideias para tornar minha rotina melhor. Muito bom ver a galera da nossa idade tendo esse tipo de leitura, corrigindo diversas “falhas mentais” ou maus habito a tempo de não se tornarem vícios extremos. Parabéns ae, tamo junto!