Resolvi inovar um pouco aqui no blog e lançar uma serie de guest posts.

Convidei os 3 cariocas mais picas da minha lista de amigos no Facebook para escreverem resenhas de livros de não-ficção.

Dos 3, só conheço um deles pessoalmente mas como disse o inesquecível Gordon Gecko no filme Wall Street:

“A fisherman always sees another fisherman from afar”.

Todos nasceram na década de 1990
Todos são mega curiosos e têm fome de conhecimento
Todos são apaixonados por dinheiro, viagens ao exterior e livros de não ficção.
Todos estão em um momento de transição na vida mas sabem que a correria vai dar frutos num breve futuro.

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Se eu pudesse comprar ações de três pessoas para realizar os lucros daqui a 10 anos, não pensaria duas vezes e investiria no Fernando Marchezi, no Gerson Saldanha e no Adão Iuri Ribeiro.

Quem escreveu a resenha de hoje foi o amigo Adão Iuri Ribeiro. Agostiniano recoleto que nem eu (apesar de ter me formado fora, sou cria do Colegio Santo Agostinho do Novo Leblon), Adão tem 19 anos e estuda economia. Tenho muita inveja do muleque porque ele faz uma parada que eu gostaria muito de ter feito quando tinha a idade dele: ele lê pra caralho! Outro dia, ele me mandou email falando do livro de política “O Mito do Governo Grátis” e logo emendou com Neil Strauss e Tucker Max. Logo ali já vi que o cara é dos meus.

Bom, chega de cerimonia e vamos pro book review!

CONFIDENCE: The Surprising Truth About How Much You Need And How To Get It

A primeira vez que vi o livro Confidence:The surprising truth about how much you need and how to get it de Tomas Chamorro-Premuzic achei que fosse mais um dos tantos livros de auto ajuda feito por um charlatão para pessoas inseguras buscando simples truques para ter autoconfiança e sucesso.

Até que li um review sobre ele e vi que sua ideia era bem contra intuitiva e intrigante.

Todos nós acreditamos que é muito importante para se ter sucesso na vida ter um confiança elevada.

Quando vemos documentários ou lemos livros de empresários como o Richard Branson ou o Donald Trump, os autores fazem questão de destacar a autoconfiança deles, como a causa de todas as suas realizações.

Assim, nenhum de nós cresce achando bom ter uma confianca baixa, mas como o Tomas Chamorro logo afirma, deveríamos mudar nossa opinião sobre isso.

Há uma diferença enorme entre se sentir capaz e ser capaz.

Segundo o autor, Michael Jordan, Muhammad Ali, e Roger Federer não se tornaram feras no seus esportes porque eles se sentiam bem sobre eles mesmos.

Muito pelo contrário, a alta confiança faz com que as pessoas se iludam quanto as suas capacidades, acreditando serem melhores do que realmente são, se preparando pouco e assim se prejudicando.

Me identifiquei muito com esse livro porque normalmente eu costumo ser bem otimista quanto as minha capacidades, e isso já me prejudicou muito.

Lembro de quando eu competi meu primeiro campeonato de jiu-jitsu pela federação com uns 15 anos, entrei me sentindo me sentindo o pica das galáxias, e nos primeiros minutos da primeira luta tomei um sacode e me toquei que eu não era tão pica assim, e precisava treinar muito mais para estar ali.

Enquanto isso, se sentir frustrado ou pouco confiante, tem seu lado extremamente positivo, esse sentimento te leva a procurar evoluir e trabalhar mais.

Até a depressão teria os seus benefícios, o autor afirma que ao invés de ser curada com antidepressivos, ela deve ser abraçada, citando o filósofo Seneca e o pensamento estoicista (clique aqui para ler o post “Filosofia do Século XXI” sobre estoicismo), por esse mesmo motivo de que a insatisfação leva as pessoas a buscarem mais realizações.

Um bom exemplo disso, que eu logo lembrei ao ler o livro, é um dos meus ídolos Hugh Laurie, depressivo assumido, ele fala que nunca se sente contente com as suas realizações, talvez por isso, que depois de ser o ator mais bem pago de televisão dos EUA, virou um puta músico, e escreveu um livro bestseller de ficção.

Enfim, três citações que resumem bem o livro:

“Low confidence is the result of failure but the source of success.”

“Although we are repeatedly told that exceptional achievers owe their success to their high confidence or self-belief, it is more feasible to attribute it to their insecurity — why else would anybody work so hard, and continue to work hard even after accomplishing much more than most people?”

“Dissatisfaction is the mother of change, and only change can drive improvement.”

~Adão Iuri Ribeiro

“

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