Terminei aquele post polêmico do POR QUE EU MUDEI PARA SÃO PAULO prometendo que ia contar sobre o tal retiro espiritual da Mansão Alpha que fiz durante o mês de janeiro.
Só que entrei em modo deep work por causa da produção do livro WALL STREET: O LIVRO PROIBIDO que acabei deixando o blog às escuras.
Voltei a escrever depois daquela missão de encontrar o Paulo Coelho na Suíça mas esqueci do post do retiro espiritual.
Anteontem, recebi email de um leitor dizendo que estava curioso para saber o que realmente acontecia na Mansão Alpha.
Joguei um contra-argumento cheio de PNL para cima dele mas ele foi mais esperto e acabou me cobrando sobre o post que havia prometido há uns 2 meses atrás.
Promessa é dívida!
Tem tanta coisa para escrever que eu vou criar uma série que nem aquela que eu fiz sobre a Conferência ENE de Jorge Paulo Lemann e cia. Não lembra? Então toma aí os links para refrescar sua memória.
Ainda não defini os tópicos dessa série da Mansão Alpha mas é só ficar ligado aqui no MundoRaiam.
FUGINDO DE PROBLEMAS
Deixei bem claro naquele post de São Paulo que a principal razão que me fez largar a vida mansa que eu tinha no Rio de Janeiro foi o término do meu namoro.
Não aguentava mais ficar em Ipanema pois tudo me fazia lembrar dela.
Daí fui passar uns dias na casa dos meus avós em Bonsucesso e nada!
Daí resolvi passar um tempo na casa dos meus pais no Recreio para esfriar a cabeça surfando na Praia da Macumba e jogando futevolei no Posto 11… nada!
Por causa desse marasmo, eu resolvi colocar o seguinte objetivo para o ano de 2016: vou escolher 12 lugares do mundo e passar um mês morando em cada um.
Graças a Deus, eu tenho liberdade financeira e profissional para trabalhar de qualquer lugar do mundo e fazer uma loucura dessa.
E o grande divisor de águas foi o livro The Four Hour Workweek: Escape 9 to 5, Live Anywhere and Join The New Rich. Tamo junto, Tim Ferriss!
Então o roteiro passou a ser o seguinte:
São Paulo em Janeiro…
Suíça em fevereiro…
Malásia em março…
Los Angeles em Abril…
Buenos Aires em Maio…
Na real, tudo isso era para fugir da realidade.
Se você parar para pensar, é exatamente por isso que a grande maioria dos trabalhadores de classe média viaja.
Você passa o ano inteiro vendendo suas horas em troca de uns trocados… tudo isso na expectativa das tão sonhadas férias.
Daí você vai para outro lugar para esquecer dos problemas, posta foto no Instagram mostrando que tá tudo bem mas sempre acaba voltando para os mesmos problemas de antes.
Aí você entra naquele ciclo vicioso:
Problema -> Estagnação -> Problema -> Estagnação
Eu fui para São Paulo para fugir dos meus problemas… mas acabei mudando de vida para sempre.
O MENTOR DO MEU MENTOR
O Hack#71 do meu primeiro livro Hackeando Tudo: 90 Hábitos Para Mudar o Rumo de Uma Geração chama-se TROQUE IDEIA COM SEU MENTOR. Nele, eu enumerei todas as vantagens de ter um mentor e ainda joguei um call-to-action no fim do capítulo.
Só que eu não esperava que o livro fosse bombar tanto e acabei recebendo milhares e milhares de pedidos para que eu virasse mentor de certos jovens leitores e até de filhos e netos de alguns leitores mais velhos.
É sério que eu pensei em dizer sim para todo mundo.
Como não tenho horas no ano para isso, resolvi cobrar R$300 por sessões de Skype e presenciais.
Uma porcentagem pequena da galera que pediu de graça resolveu pagar… mas pelo menos eu parei de me preocupar bolando maneiras de dizer “não” às pessoas sem ferir os sentimentos (olha o hack #15: Aplique a Lei do 80-20 do livro aí gente!)
O engraçado é que eu dou mentoria para uma galera que quer sair da inércia e mudar de vida e, ao mesmo tempo, tenho um mentor que troca idéia comigo para me tirar do meu próprio nível de inércia.
Sim… cada um tem seus problemas e eu tô cheio deles.
A verdade é que ninguém é dono da verdade. (caralho, filosofei aqui)
Aposto que o próprio Papa Francisco e o Dalai Lama têm seus mentores também.
O nome do meu coach é Mario Schwartzmann e ele é basicamente o anti-mentor, anti-coach, anti-tudo: um hippie maluco e politicamente incorreto que fuma pra caramba, parece um mendigo e usa a mesma roupa furada todos os dias.
A BREVE HISTÓRIA DO MENINO MÁRIO
Antes de virar o “guru espiritual” da Mansão Alpha, o Mario era um gordinho de 130kg com 13 anos que sofria bullying de todo mundo na escola e não tinha amigos.
Apesar do sobrenome de bacana Schwartzmann, ele era um judeu pobre.
Parece até um paradoxo, né? Acho que ele foi o primeiro judeu pobre que eu conheci na vida.
Seu pai e sua mãe tinha sérios problemas com drogas, não trabalhavam e eram sustentados pela pensão da avó.
Por causa dos problemas de família e da falta de aprovação social, o Mario transformou seu computador em seu melhor amigo e virou um daqueles mini-nerds que literalmente hackeavam tudo.
Perdão o trocadilho mas não vou perder a chance de promover meu livro HACKEANDO TUDO: 90 HÁBITOS PARA MUDAR O RUMO DE UMA GERAÇÃO.
Com 17 anos, Mario ainda não havia transado e muito menos beijado na boca. Acho que ele ficou tão puto com essa situação que resolveu entrar numa dieta monstra e emagrecer de uma vez por todas.
Em 3 meses de férias, ele conseguiu perder uns 40 quilos.
Pouco tempo depois, ele teve um surto de rebeldia, fugiu de casa, foi expulso da sinagoga e foi parar num terreiro de umbanda.
Depois de alguns anos com os orixás e exús, ele começou a estudar o Evangelho de Jesus Cristo.
Daí ele começou a se fascinar por aquilo e passou a questionar a doutrina dos macumbeiros. Brigou com todo mundo e foi expulso de novo.
Durante a faculdade, o cara arrumou um estágio no mercado financeiro e começou a estudar tudo sobre bolsa de valores bem a fundo… em modo autodidata mesmo.
Daí veio um insight: por que eu não uso aqueles skills de programação de computadores da minha infância para operar na bolsa e ganhar dinheiro?
Mario montou um robôzinho no Excel para arbitrar opções na bolsa de valores na época do milagre econômico brasileiro. O sistema que ele criou era tão eficiente que ele começou a mandar no mercado inteiro e virou o lendário Chuchu da Prosper.
Resultado: ganhou milhões e milhões com 21, comprou uma cobertura no Morumbi com 23 e resolveu se aposentar aos 24.
O MONGE E O EXECUTIVO
Esse aí é um dos melhores livros sobre negócios, liderança e desenvolvimento pessoal que estão disponíveis mercado. Se não leu, ele é curtinho e vale muito a pena. Clica em O Monge e O Executivo e baixa lá a versão ebook no Amazon.
Vou dar um mini spoiler aqui: o protagonista James Hunter é um cara super bem sucedido que tira um sabático do mundo corporativo e vai morar numa abadia no meio do nada.
A Mansão Alpha (que na verdade é uma cobertura duplex) é meio que uma versão tupiniquim e politicamente incorreta da abadia do James Hunter.
Para os padrões de São Paulo, Morumbi é no meio do nada.
E, para “agravar” um pouco a situação, o prédio de luxo onde fica a Mansão Alpha fica exatamente em frente a favela de Paraisópolis.
Na real, o lugar nem existe no mapa.
Se você colocar o endereço do prédio no Google Maps ou no Waze, ele vai te mandar para um lugar totalmente diferente…. e lá no miolo da favela.
Parece que fizeram de propósito… assim ninguém descobre o tal lugar.
O livro O Monge e o Executivo está carregado de parábolas da Bíblia que são surpreendentemente aplicáveis no mundo corporativo.
Sim, apesar das fotos malucas que você viu no meu Instagram ao longo dos últimos meses, A MANSÃO ALPHA TAMBÉM É UM RETIRO BÍBLICO!
O monge nesse caso é o tal do Mario Schwartzmann.
Depois que ele se aposentou e foi gastar os milhões dele, o Mario ficou mais maluco ainda.
Não é por menos: mente vazia é oficina do diabo.
O cara passou uns 4 anos revezando entre a putaria e a depressão. Nessa viagem aí, ele adquiriu vários vícios bem auto-destrutivos mas finalmente conseguiu se reinventar.
Se reinventou montando um quebra-cabeça: pegou sua experiência de vida, juntou aquilo com seus anos e anos de estudos de teologia e também colocou suas habilidades de programação neurolinguística (PNL) para jogo.
Boom! O cara começou a treinar a mente de vários executivos, os resultados foram aparecendo e o preço de mercado pelo seu treinamento foi subindo.
SERÁ QUE VALE O INVESTIMENTO?
Resolvi ver qual era dessa imersão, falei com o Mario e ele colocou um preço bem alto pelo treinamento.
Lá no Rio, eu dividia um apê com vista para a Praia de Ipanema e para a Lagoa com meu melhor amigo André.
Tipo… um mês de treinamento na Mansão Alpha ia sair o dobro do que eu pagava de aluguel lá em Ipanema.
No caso, eu pensei que ia trocar um bairro top do Rio por um bairro top de São Paulo.
Me amarrava em Banco Imobiliário na infância e lembro até hoje que a casa mais cara do jogo era a laranjinha do Morumbi.
Na minha cabeça, Morumbi era um bairro extremamente top de se morar… o melhor de São Paulo.
A realidade é bem diferente do jogo de tabuleiro.
O lugar era tão isolado que não dá nem vontade de sair de casa. Dali para a Avenida Paulista, você leva pelo menos 1h30 de trânsito na hora do rush. Sem metrô e com pouquíssimo transporte público.
Acabou que eu paguei uma nota para morar em frente a favela e dividir a casa com 6 marmanjos, 2 cachorros cagões e 1 papagaio maluco.
VOU ME CURAR DE QUÊ?
Sim, estava com o problema do apego à minha ex mas o grande problema que eu fui curar na Mansão Alpha era outro: minhas crenças negativas sobre dinheiro.
Pensei assim: se o cara é judeu e conseguiu se aposentar com 24 anos de idade, alguma coisa eu tenho que aprender com ele.
Se usarmos a cotação do dólar de hoje e calcularmos tudo o que já passou pela minha mão entre os 17 e 25 em forma de salário bruto, bônus, bolsa de estudos, investimentos de bolsa e royalties de livros, posso dizer tranquilamente que a quantia está perto dos 2 MILHÕES DE REAIS.
Aí eu mesmo me pergunto: onde foi parar essa grana?
Daí o Mário deu umas palestras lá sobre crenças negativas que nossos pais colocam na nossa cabeça. Um monte de coisa começou a clicar.
Realmente… faz muito sentido.
Minha mãe é comunista e sempre condenou as pessoas que tinham dinheiro. Na cabeça dela, todo mundo que tinha dinheiro havia conseguido aquilo de maneiras ilícitas. É claro que aquilo entrou no meu subconsciente.
Por outro lado, meu pai é um cara com a inteligência muito acima da média e que ganhou muito dinheiro ao longo da vida. Mas ele também é um cara extremamente medroso e apegado a coisas materiais.
Sabe o que acontece quando você foca sua mente no teu maior medo? Ele vira realidade! O poder da mente subconsciente é muito forte, cara.
Meu pai tinha tanto medo de perder o dinheiro dele que acabou realmente perdendo com aquela treta da falência da Varig e do Fundo Aerus.
Juntando as crenças negativas dos meus pais, eu adquiri as minhas próprias ao longo da vida.
A pior delas foi o que eu chamei de SÍNDROME DE ADRIANO IMPERADOR naquele post agressivo sobre metas financeiras.
Depois desse clicks, o guru maluco me botou para ler três livros:
1) A Mensagem Viva do Cristo de Humberto Rohden
2) O Poder do Subconsciente de Joseph Murphy
3) Segredos da Mente Milionária de T. Harv Eker
Conclusão: eu tinha tanto medo de perder o dinheiro que havia ganhado que eu sempre acabava perdendo. Sim, a história se repete.
Foi aí que eu comecei a martelar aquele conceito do Fé versus Medo que eu falo na segunda metade do livro Wall Street.
Em menos de uma semana com as crenças reprogramadas, olha o que aconteceu com minhas vendas de livros:
E aqui o gráfico do faturamento desse humilde blog MundoRaiam antes e depois de repensar o tal apego pelo dinheiro.
Fora isso, dei 5 palestras naquele mês e confirmei mais duas (a média anterior era de 1 por mês), fechei com 3 novos patrocinadores e consegui alguns clientes de coaching.
Realmente, é tudo fluxo!
E cara, o Mario não tem superpoderes e não inventou fórmula mágica nenhuma.
Ele só repete o que está escrito em quatro livros da Bíblia… só que com uma linguagem um pouco mais chula, direta e fácil de entender.
Bom, vou parar por aqui.
O próximo post, eu escrevo mais sobre o dia-a-dia da casa e sobre o que coloca os outros moradores da Mansão Alpha bem a frente de 99% população brasileira.
Curtiu o post? Ficaria muito feliz se tu se inscrevesse lá na minha lista de emails. Tamo junto!
Quer treinar com o Mario? Manda um email para ele… só que ele é meio chato, marrento e seletivo. Só responde email de quem se mostrar disposto a pagar pelo coaching e pelas palestras dele: [email protected].
