Mussum Forevis
Juliano Barreto
Semana passada, tava trocando idéia com um amigo nigeriano e com o Dr Joaquim Barbosa, e o assunto “role-models” negros apareceu na conversa.
Ele mesmo disse que não tinha exemplos negros na infância já que não conhecia médicos, advogados, engenheiros nem atores e apresentadores de sua cor na TV nos anos 50 e 60.
No início dos anos 1990, apenas dois negros se destacavam na TV (pelo menos na minha visão de garotinho): Jacaré do É o Tchan e Mussum dos Trapalhões.
Mais de 20 anos depois tô eu aqui rindo pra caralho com as histórias da juventude desse ícone do humor brasileiro.
O cara começou a tomar pinga com limão aos 9 anos quando roubava cachaça dos trabalhos de macumba das esquinas da Mangueira.
Era inteligente pra caramba. Estudou em um dos melhores colégio do Rio, passou para a aeronáutica (um feito comparado a um vestibular público na época) e morou na Penha que nem meu pai. Ia de farda da aeronáutica pro puteiro para negociar desconto com as meninas. Isso porque eu tô na página 20 ainda.
Leitura recomendada, especialmente pra galera do subúrbio do Rio de Janeiro que cresceu em rodas de samba.
Acho que até amanhã acabo de lê-lo. Quem quiser emprestado, vem no inbox.
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