Sou fãzasso do Michael Lewis. Acho que ele é meu maior exemplo na minha nova “profissão”.
Botei profissão entre aspas porque escrever ainda é um hobby, né?
A grana que tá entrando é curtinha ainda mas daqui a pouco meus livros decolam. Falando em livros, meu terceiro livro (lançamento previsto para setembro) foi totalmente inspirado no livro Liar’s Poker do Michael Lewis.
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Para a galera que estuda economia, administração e engenharia e tem o sonho de trabalhar em um grande banco de NY, Liar’s Poker é leitura obrigatória.
Nesse Boomerang, ele juntou dois dos meus 3 gêneros favoritos: business e travel books.
Isso porque Lewis viaja pelo “Novo Terceiro Mundo” e mostra com olhos de turista, economista e cronista exatamente porque Grecia, Irlanda, Islandia, Alemanha e California estão na merda financeiramente.
E, em todos os casos, o culpado é sempre o mesmo: Goldman Sachs e os outros bancos americanos de Wall Street.
O que deixa o livro legal é que Lewis mistura temas conhecidos como a crise financeira na Grecia com observações próprias, tudo isso com o tom mais indignado possível.
1) Islandia
Até uns 20 anos atrás, todo mundo na Islandia era pescador.
Daí descobriram que podiam exportar energia geotérmica para a União Europeia e começaram a botar uma grana no bolso.
Com isso, Goldman Sachs e outros bancos estrangeiros chegaram e viram que dava para fazer algo mais por ali.
Em menos de uma década, os tubarões transformaram a Islandia no paraíso da especulação financeira.
Do dia pra noite, todo mundo que era pescador virou banqueiro e ficou rico.
Só que essa bolha foi financiada por empréstimos em moeda estrangeira.
O negócio começou a feder em Nova York em 2008 e a moeda local da Islandia se desvalorizou pra caramba
Para piorar as coisas, não tem porra nenhuma na Islandia. Eles têm que importar tudo.
A moeda desvalorizada não compra nem comida para o povo e nem paga a dívida em dólar.
Resultado: merda no ventilador
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2. Irlanda
A Irlanda teve um caminho parecido dos seus xarás ali de cima. Mas sem pescador e energia geotérmica.
Para atrair investimentos estrangeiros, a Irlanda acabou com todas as barreiras de comercio e colocou um imposto de apenas 12% para empresas.
Na “parte de dentro” da União Europeia, tinha empresa pagando 40% de imposto sobre os lucros. Aí já viu né?
Acho que o maior desafio de qualquer CEO e CFO do mundo é otimizar as operações para pagar menos imposto.
Quando souberam dessa noticia, foi todo mundo abrir escritório na Irlanda.
Só que nesse meio termo, a Irlanda gostou da cor verde do dinheiro e entrou num frenesi imobiliário, tipo o que aconteceu com os EUA nos anos 2000 e o que está acontecendo agora com a China.
Já que o governo recebia pouco do mundo corporativo (12% não dá pra nada) e os irlandês também não gostavam muito de pagar impostos, teve que apelar para empréstimos em moeda estrangeira para financiar tudo isso.
Importaram o futuro para o presente à base de dívida.
Chegou a crise, as contas não bateram e a Irlanda foi pro saco também.
3.Grecia
Você que reclama da corrupção no Brasil tem que dar graças a Deus que você não mora na Grecia.
A parada que eu mais odeio no Brasil é o tamanho do aparato governamental.
No pouco tempo que estou por aqui, concluí que ou nego é funcionário público ou sonha em ser funcionário público.
Na Grecia, basicamente TODO MUNDO É FUNCIONARIO PÚBLICO.
E ninguém paga imposto!
Para você ter uma ideia, em 2011, a Grecia contava com apenas 20 milionarios.
Como assim? Não é possível que um país com 11milhões de habitantes tenha apenas 20 pessoas com mais de 1milhão de euros entre casas, carros e investimentos.
Eu mesmo estudei com uns 10 gregos na Pennsylvania, e te garanto que a familia de todos eles contava com um patrimônio de mais de 1M de euros.
Apenas 20 pessoas no país inteiro foram honestas e declararam no imposto de renda que tinham mais que isso.
Já que ninguém paga imposto e o governo precisa pagar o salario de milhões de funcionários improdutivos, a banca quebra né?
Para piorar, na época da Olimpíada de Atenas, o governo contratou Goldman Sachs para esconder um monte de rombo nas contas.
Só que malandragem não dura muito tempo, né.
A Grecia se fudeu… mas quem paga essa conta é a Alemanha.
4. Alemanha
Lewis deixa bem claro que a Alemanha é uma senhora economia.
Só que não conhece os princípios básicos da Matemática e da Macroeconomia.
Eles querem que todos os países da União Europeia sigam seu exemplo: ter um saldo positivo entre exportações e importações.
Só que isso aí é matematicamente impossível.
Para alguém exportar, alguém tem que comprar né? A Alemanha só tem superávit nas contas correntes porque vende muito para os países vizinhos.
Lewis diz que a Alemanha tem os piores investidores do mundo. E dá duas razões para isso.
Primeiro que o país serve de mamãe para limpar a merda das filhas-adolescentes-piriguetes Irlanda e Grecia e dos filhos-maconheiros-preguiçosos Espanha e Portugal.
Desde que entraram na União Europeia, esses países sempre vacilaram na administração das contas públicas e quem paga o pato É SEMPRE A ALEMANHA!
O segundo motivo do Lewis é bem interessante e curioso. Lembra daqueles ativos tóxicos da bolha imobilizaria dos EUA que desencadearam a crise subprime de 2009?
Quando a merda começou a feder lá nos Estados Unidos e os bancos precisavam se livrar daquilo tudo.
Adivinha quem comprou aqueles subprime mortgage bonds e viu aquela bomba-relogio explodir nas mãos deles? Os investidores alemães.
5. California
Mas calma aí? A California não era o estado mais próspero dos Estados Unidos? Casa do Google, Facebook, Apple e das outras milhares de empresas inovadoras que brincam de ganhar dinheiro?
Por que ele está comparando a California com um país de merda como a Grecia?
Porque a California tem um rombo enorme nas contas públicas.
Quando o Arnold Schwarzenegger era governador, ele viu que as contas não estavam batendo e fez de tudo para cortar gastos do governo.
Mas uma andorinha só não faz verão e o “planalto” de lá não deixou.
Lewis apresenta o exemplo de varias cidades de médio porte como Vallejo que foram à falência.
A matemática é a seguinte: os salários dos servidores públicos ficaram tão altos (e as pensões também) que os municípios não tinham dinheiro para operar no dia a dia.
Cara, tinha policial aposentado botando US$20mil dólares por mês de pensão! Até ele morrer. Sendo que um policial na ativa ganha 3-4 mil por mês.
Como é que um negocio desse fica sustentável?
Resultado: várias cidades tiveram que cortar totalmente serviços essenciais como bombeiros, carteiros, lixeiros e policiais por falta de dinheiro. Imagina o caos?
Bom, lesson learned. Pior que tudo isso aí pode acontecer com o Brasil daqui a pouco tempo.
Espera essa geração dos nossos pais começar a se aposentar e viver com o boi na sombra…
“
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