Produtividade

Meu negócio é ganhar muito dinheiro!

Kobe Blog
Escrito por Kobe Blog em 24/12/2015
Meu negócio é ganhar muito dinheiro!

 

Calma!

O título agressivo foi só para chamar tua atenção e te trazer até aqui.

Meu objetivo de vida não é esse.

Mas já foi…

…e eu aprendi umas lições muito valiosas com isso.

One-hit Wonder

bomba

Lembra da banda P.O. Box? E do Twister? E do Bragaboys?

As três bandas viraram febre repentina no início dos anos 2000.

Não lembra da música “Bomba”? Pode ficar tranquilo que eu te ajudo a refrescar a memória (YouTube).

Teve uma época que você ligava a televisão no sábado e os Bragaboys estavam dançando Bomba no Raul Gil.

Daí você trocava de canal, lá estavam eles no Luciano Huck.

Deu comercial e eu colocava no canal 11…  adivinha quem estava dançando “A Bomba” no programa do Celso Portiolli?

Eu era criança ainda e não entendia os segredos do videotape.

Para mim, aqueles caras eram onipresentes!

Fizeram muito sucesso, a música deles caiu na boca do povo, eles ganharam dinheiro…

Mas aí… por que não se ouve falar mais em Bragaboys?

Eles tinham um hit.

E apenas um hit.

O modelo Paralamas

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Agora pega um exemplo completamente oposto: os Paralamas do Sucesso.

Eles estão na estrada há mais de 30 anos e continuam lotando shows Brasil afora mesmo cobrando mais de 200 reais pelo ingresso.

Ano passado, fui num show deles no Circo Voador e vi um público completamente heterogêneo: gente de 15 anos e gente de 70 cantando uma música atrás da outra.

Qual a principal diferença entre os Paralamas e o Bragaboys?

Diligência!

Depois do “sucesso repentino” na época do primeiro Rock in Rio, os caras continuaram trabalhando pra caramba e fizeram um álbum melhor que outro.

Ano após ano colocando em prática uma parada que os japoneses chamam de kaizen.

O kaizen nada mais é que a filosofia da melhoria contínua.

Depois de trinta anos de muito trabalho consistente e repetitivo, eles estão sentados em cima de uma montanha de conteúdo.

Em termos de contabilidade financeira, conteúdo acaba sendo classificado como um ativo: uma ferramenta valiosíssima que ajuda a “empresa Paralamas” a produzir receita.

Meu Erro, Lanterna dos Afogados, Cuide Bem do Seu Amor, Uma Brasileira, La Bella Luna, Aonde Quer Que Eu Vá, Lourinha Bombril, Óculos, Vital e Sua Moto, Ela Disse Adeus, Romance Ideal, O Amor Não Sabe Esperar, Alagados… só aí já fechei um show completo.

Começaram com rock, depois tiveram uma fase de reggae e ska, depois fizeram músicas românticas de MPB, depois voltaram prum rock ainda mais pesado e depois juntaram a porra toda.

Sempre com uma riqueza impressionante nos arranjos e na estrutura das letras.

E sempre com os mesmos “sócios”.

Tem música pra fechar uns 4 ou 5 shows e são pouquíssimas as bandas que conseguem fazer o público cantar 100% de suas músicas no gogó durante um show.

A indústria fonográfica mundial ficou completamente estilhaçada depois da chegada da pirataria virtual (tem até um livro muito bom sobre isso chamado Como a Música Ficou Grátis de Steven Witt).

Mesmo assim, os Paralamas construíram um “business” resiliente.

Os fãs estão velhos? O Herbert Viana está em cadeira de rodas? O país está em crise? As gravadoras estão quebradas?

No problem, os Paralamas continuam na luta.

 

Xeque mate

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Essa comparação entre o Bragaboys e o Paralamas me lembrou um conceito do xadrez.

Não sou nenhum nerd do xadrez mas manjo de uma coisa ou outra porque tenho dois irmãos de consideração que são mini-gênios no esporte desde os 6 anos de idade.

Você sabia que dá para ganhar um jogo de xadrez em apenas dois lances?

Tem uma jogada chamada “Fool’s Mate” onde você dá xeque-mate no teu adversário só movendo um peão e a rainha.

Qualquer leigo pode aprender a matar o jogo em dois lances (até o Wikipedia te ensina).

Se o cara do outro lado da mesa começar o jogo com falta de atenção e mover o peão errado, dá pra entubar um fool’s mate na cara dele e gritar xeque mate como se fosse gol do Brasil.

Mas tem um porém: só porque você sabe dar xeque-mate rápido não significa que você dominou a arte do xadrez e vai ganhar do Kasparov lá na Rússia.

Para ser bom em qualquer coisa, você precisa de conteúdo… precisa de um alicerce forte.

Bragaboys ou Paralamas?


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Cresça junto

Cara, dos 21 aos 23 anos eu ganhei muito dinheiro.

Com o câmbio atual e antes de pagar impostos, posso dizer que o faturamento bruto chegou perto de 1 milhão de reais.

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Como você pode ver na foto marrenta aí em cima, estava no topo do mundo. Me sentia o cara.

Só que eu não cresci com aquele dinheiro.

Eu era uma espécie de Bragaboy pensando que o sucesso da Bomba seria eterno.

Lembra ali em cima que eu falei dos alicerces e do conteúdo? Os dois estavam perto de zero.

E pior ainda: achava que era o melhor jogador de xadrez do mundo por ter conseguido um Fool’s Mate logo de início.

Esse ano, eu li o livro do T. Harv Eker umas 5 ou 6 vezes.

Recomendo que você leia também o Secrets of the Millionaire Mind: Mastering the Inner Game of Wealth (comprar no Amazon).


Tem uma passagem do livro que diz assim:

“Your income can grow only to the extent that you do”

Se você quiser mudar os frutos, tem que mudar a raiz.

Se quiser mudar o visível, tem que mudar o invisível.

Eu não mudei nem a raiz e nem o invisível.

A grana ia entrando mas a minha “mentalidade pobre” não crescia junto com a conta bancária.

Resultado?

Pluft! A grana foi embora com a mesma rapidez que ela chegou.

Eu realmente não estava preparado.

Tem um documentário sensacional da série 30 for 30 da ESPN chamado Broke que mostra um dilema muito parecido com o que eu vivi.

O filme mostra que 78% dos jogadores de futebol americano da NFL vão à falência em menos de 3 anos depois de pendurar as chuteiras.

Estamos falando de gente que ganhou dezenas e dezenas de milhões de dólares durante a carreira esportiva e acabaram zerando.

Vale a pena dar uma olhada.

Você vai lembrar muito daquele conceitos do Bragaboys e do Fool’s Mate ali em cima.

Qual foi o maior erro do Raiam de 23 anos?

Sim, cometi alguns excessos com festa, mulher, álcool e também com o consumismo desenfreado.

Mas olhando para trás, tinha um problema maior que esses 4 aí em cima: meu sistema de objetivos.


 

 

O Efeito Eike Batista

Vou te explicar esse sistema de objetivos com um exemplo bem simples.

Quando o Eike Batista estava em alta, qual era o maior sonho da vida dele?

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Trazer desenvolvimento para o Brasil? Não!

Gerar empregos no norte do Rio de Janeiro? Não!

Criar a empresa de petróleo mais eficiente? Não!

O sonho grande do Eike era ser o homem mais rico do mundo. 

Agora pega três caras que realmente conseguiram chegar ao topo da lista da Forbes: Carlos Slim (América Movil), Bill Gates (Microsoft) e Amancio Ortega (Zara).

Coloco a minha mão no fogo para dizer que NENHUM DELES tinha o sonho grande de chegar ao #1 da Forbes quando começaram a batalhar dentro suas empresas.

Eles eram motivados por sonhos não-financeiros.

Quer um exemplo? Olha qual era a motivação do Bill Gates lá nos anos 1970:

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Há um tempo atrás, eu fui fazer um due diligence em uma empresa tech aqui do Rio.

Tinha acabado de voltar de uma conferência com o Jorge Paulo Lemann em São Paulo e aproveitei para fazer uma pergunta simples mas reveladora para o fundador daquela empresa:

Qual é seu sonho grande?

Ele respondeu na lata: “criar o primeiro unicórnio do Brasil”.

Para quem não sabe, unicórnio é uma empresa tech com valuation de mais de 1 bilhão de dólares.

Pergunta se eu engoli bem aquela resposta?

Depois de tudo que eu vivi, depois de todos os castelos de areia que vi sendo construídos e destruídos, o que você acha que eu pensei do futuro daquela empresa cuja missão final do dono era estritamente financeira?

Todo mundo tem um amigo que está estudando que nem um louco para passar num concurso público há anos.

Chega nele e pergunta qual é o objetivo dele com aquilo.

Se ele te responder “salário” e “estabilidade”, eu te garanto que ele vai terminar frustrado e odiando a própria vida lá dentro da repartição.

Tenho um exemplo assim aqui dentro de casa. Lembra daquele post do funcionário público?

Mesma coisa pra galera que trabalha no mercado financeiro.

O objetivo comum de 98% das pessoas que conheci no setor é ganhar muito dinheiro.

Os outros 2% estavam lá porque realmente gostavam e viam valor naquilo.

O engraçado é que esses 2% eram os que mais se destacavam e eram pessoas que, no fundo no fundo, estavam com o boi na sombra e não precisavam estar ali trabalhando 14 horas por dia.

Estavam lá porque tinham um propósito muito maior do que o dinheiro.

Por que eu decidi ir pro mercado financeiro depois da graduação?

Porque tinha uns amigos da faculdade que foram e ganharam muito dinheiro.

Eu queria aquilo também. Era meu único propósito com aquilo.

Não sabia nem 5% das funções de um analista de investment banking mas entrei por causa dele: o dinheiro!

Deu no que deu.

A volta por cima

Depois de alguns anos de “baixa” e de reflexão na minha vida, consegui me reinventar aos 25 anos.

Aprendi com os erros do passado e minha nova carreira está começando a decolar de uma maneira muito gratificante.

Vou até aproveitar o flow para recomendar o livro Hackeando Tudo: 90 Hábitos Para Mudar o Rumo de uma Geração, disponível exclusivamente na Amazon e no aplicativo de audiolivros Ubook.

Meu objetivo que era fazer 1 milhão de dólares com livros mudou para afetar positivamente a vida de 1 milhão de pessoas. 

Estou no caminho…

Enquanto não chego lá, vou produzindo conteúdo, colocando o kaizen em prática e fortalecendo os alicerces… que nem os Paralamas.

Pelo amor de Deus, não coloque um objetivo financeiro na sua vida.

A grana vem, fica tranquilo!

Mas vem como premiação para o cumprimento da sua missão.

Se teu objetivo final for a grana, meu amigo, você está fudido!

Feliz Natal 🙂

~Raiam

 

 

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