Esporte

10 motivos para ler o livro The Keeper do goleiro Tim Howard

Kobe Blog
Escrito por Kobe Blog em 01/07/2015
10 motivos para ler o livro The Keeper do goleiro Tim Howard

TIM HOWARD

Esses dias, estava surfando a Loja Online do Audible.com em busca de bons audiobooks para escutar no caminho para o trabalho.

Não sei o que deu na minha cabeça e decidi procurar livros na seção INFANTO JUVENIL.

No meio de títulos como Crepúsculo e Harry Potter, encontrei um livro com um cara careca de barba enorme na capa.

Era fã do Tim Howard desde antes dele se tornar o melhor goleiro da Copa de 2014 então resolvi comprar o livro para ver qual é.


tim howard goleiro

Irmão, que livro sensacional.

 

Bem escrito, cheio de emoção, realidade e com histórias de vários personagens conhecidos dos fãs de futebol como Alex Ferguson, Jurgen Klinsmann, Ryan Giggs e Wayne Rooney.

 

Morei 10 anos nos Estados Unidos e fui jogador de futebol soccer por lá durante 2 anos, atuando pela equipe sub-17 do San Diego Cavers

Vou te contar que é impressionante a magnitude que o esporte tomou por lá durante esses 10 anos.

Os caras são bons de bola, correm o jogo todo e não te dão tempo para pensar com a bola no pé.

Não é à toa que o campeonato deles leva mais gente para o estádio que o nosso e eles fizeram jogo duro com as melhores seleções na Copa de 2014.

Bom, segue aqui 10 razões para ler o livro do Tim Howard, que é muito mais do que uma biografia.

1. Síndrome de Tourette

Tim Howard foi diagnosticado com Síndrome de Tourette quando era muleque e sofreu muito bullying na infância por causa dos seus “tiques nervosos”.

Não sei se vocês perceberam na Copa mas de vez em quando ele tem uns ataques de raiva no meio do jogo.

Ele mostrou que essa doença não o limitou na hora de seguir seus sonhos.

Hoje em dia, ele é tão envolvido com a causa que criou uma fundação nos Estados Unidos e doa boa parte do seu salário milionário na Premier League para ajudar crianças e adolescentes que sofrem com a Síndrome de Tourette.

2. Revolução do Soccer nos EUA

Howard tinha 11 anos quando os Estados Unidos quebraram um tabu de 40 anos e se classificaram para a Copa de 1990 na Itália.

Os EUA não tinham uma liga profissional e o time era mesclado de filhos de imigrantes, jogadores universitários e semi-peladeiros de New Jersey.

Parece coisa de filme de Hollywood mas o garoto Tim Howard, de sangue afro americano e húngaro, mentalizou lá em 1990 que ele seria o dono do gol dos Estados Unidos, assim como o goleiro showman Tony Meola.

Quatro anos depois, o país recebeu a Copa do Mundo no quintal de casa.

A FIFA deu uma condição para os Estados Unidos serem o país-sede daquele mundial: tinham que criar uma liga profissonal do país.

Assim nascia a Major League Soccer e Tim Howard conta com olhos de adolescente o começo dessa revolução do soccer nos Estados Unidos. 

E ele foi parte dessa história ao ingressar bem jovem na equipe profissional do New York Metrostars, capitaneado por ninguém menos do que o mito Carlos Valderrama.

3. Rivalidade EUA x México

Tim Howard descreve muito bem essa que é uma das maiores rivalidades do futebol na atualidade.

Uma das principais razões que ele odeia o México é a catimba dos jogadores.

Ele (e quase toda população americana) não consegue digerir jogadores que fazem teatro dentro de campo, simulam agressões e cavam falta.

Para Howard, não existe isso. Sofreu falta, continua em pé brigando pela bola até o juiz apitar.

No livro, ele diz que os mexicanos são campeões do mundo nessa catimba de mulherzinha e dedica quase um capítulo inteiro sobre a incompatibilidade que os americanos têm com a seleção do México.

Ele conta da dificuldade que é jogar na altitude do Estadio Azteca, tomando garrafada com mijo dentro dentro de campo. Ele faz questão de frisar que, num jogo em 2004,

Essa rivalidade culminou com uma raríssima vitória dos EUA no Estadio Azteca, depois de décadas e décadas só apanhando da altitude e da torcida.

Os EUA ganharam por 1 x 0, com gol do mexicano de sangue Michael Orozco.

4. Tim Howard no Manchester United

Pouca gente lembra disso mas Tim Howard chegou a ser o goleiro titular do Manchester United por uma temporada inteira.

Howard é bem político no livro mas dá para ver que ele não tinha um bom relacionamento com o mago Sir Alex Fergusson.

Num jogo de mata-mata da Champions League contra o Porto de José Mourinho, Benny McCarthy e Carlos Alberto Cachaça, Howard bateu roupa e o Manchester foi eliminado. Se liga no lance aqui.

Depois daquele incidente, Howard ficou no banco até o fim da temporada e os cartolas do time decidiram trazer o molusco holandês Edwin van der Saar, que acabou ficando no gol dos Red Devils por quase 10 anos.

Howard, competidor que só ele, não aguentou ficar no banco do holandês e meteu o pé para o Everton do treinador David Moyes.

5. Copa das Confederações 2009

Me lembro como se fosse hoje.

Na Copa das Confederações de 2009 na África do Sul, os Estados Unidos apanharam muito!

Perderam da Itália na estréia, tomaram um sarrafo do Brasil no segundo jogo e foram para o último jogo da primeira fase contra o Egito sem esperança nenhuma.

Só que o Brasil ganhou da Itália e, por um milagre da natureza e uma combinação de saldo de gols sinistra, os Estados Unidos, que haviam começado aquela rodada com 0 pontos, acabaram se classificando para a semifinal contra a toda poderosa Espanha.

Naquela época, ninguém ganhava da Espanha.

Era o auge do tiki-taka do Barcelona, os caras tinham ganhado a Eurocopa 2008 e estavam a uns 50 jogos sem perder.

Os americanos foram lá e ganharam de 2 x 0 daquele time que se tornaria campeão do mundo dali a um ano, numa das maiores zebras da história dos torneios FIFA.

A mesma alegria que ele narra a surpreendente vitória contra a Espanha acaba ganhando um tom melancólico quando ele fala sobre a grande final contra o Brasil de Kaká e Luis Fabiano.

Eles abriram 2 x 0 com 10 minutos de jogo mas o Brasil foi lá e virou o jogo para 3 x 2 e acabou sendo campeão da Copa das Confederações.

6. Jurgen Klinsman

Klinsmann chegou na Seleção Americana querendo botar ordem na casa e revolucionar a parada.

O alemão chegou chegando: botou todo mundo para correr 6 horas da manhã de barriga vazia, para fazer yoga e proibiu o uso de celulares no vestiário.

Sem citar nomes, Howard diz que aquelas novas metodologias não foram muito bem vindas entre os jogadores.

Resultado? Klinsmann foi pouco a pouco mandando embora os medalhões das antigas, o que culminou no corte da estrela Landon Donovan.

7. Landon Donovan

Uma das maiores notícias na mídia americana do verão de 2014 foi o corte de Landon Donovan.

Em 2012, Donovan resolveu tirar um ano sabático do futebol e foi viajar pelo sudeste asiático. Que idéia, né?

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Klinsmann e os outros jogadores, inclusive seu amigo de longa data Howard, ficaram putos com a decisão mas ele foi lá e fez.

Donovan voltou bem, foi convocado para a Copa Ouro e terminou o torneio como um dos MVPs, marcando 5 gols e dando 7 assistências.

Só que na hora de convocar o time para a Copa, Klinsmann resolveu penalizá-lo por aquele ano sabático longe do futebol, não o incluiu entre os 23 e ainda por cima, levou um plantel super jovem e inexperiente para a Copa.

Tim Howard bota a boca no trombone sobre esse episódio. Não vou estragar a surpresa, vai lá ler o livro.

8. Patriotismo

Para você ter uma idéia, o capitão Tim Howard teve que ensinar o hino americano para meia dúzia de caras.

Jovens jogadores como John Brooks e Julian Green nasceram e cresceram em bases militares na Alemanha e pisaram pouquíssimas vezes em solo americano antes de estrear com a camisa dos Yankees na Copa de 2014.

Howard não se conformava com o fato de que aquela galera tava ali representando os EUA em campo e ficava de boca fechada na hora do Star Spangled Banner.

Botou a mulecada para cantar o hino depois de todos os treinos.

9. Divórcio

Já li quase 500 livros nos meus 25 anos de vida (99 deles só em 2015) e nunca vi um escritor descrever tão bem o que é um divórcio. E, em tese, Tim Howard é goleiro e não escritor. Sensacional. Só lendo para entender o que eu estou falando.

10. USA x Bélgica

Sem dúvida nenhuma, um dos melhores jogos de futebol que assisti em toda minha vida foi Bélgica 2 x 1 Estados Unidos pelas oitavas de final da Copa de 2014.

Apesar de ter perdido, Tim Howard foi o herói daquele jogo, quebrando o recorde de defesas na história das Copas: foram 15 paradões, uma mais incrível que a outra. Ele ganhou o prêmio de “Man of the Match”, raramente dado a um jogador do time perdedor.

E o legal é que ele narra todas as defesas! Uma por uma, com toda a emoção de quem estava numa guerra sendo bombardeado por um rival superior.

Quase que os EUA ganham aquele jogo.

 

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