Uma coisa que mais chama a atenção dos meus amigos gringos quando visitam o Brasil é a necessidade que o homem brasileiro tem de ostentar.

Um dos vídeos mais acessados do meu canal no YouTube mostra os bastidores de uma viagem que eu fiz com uns amigos sheiks árabes para o Jurerê Internacional, onde um cara decidiu descer 1600 garrafas de Chandon de uma vez só.

Ontem tava dando minha passada matinal pelo Business Insider e um artigo me chamou a atenção.

Eles destacaram alguns bilionários do Vale do Silício que vivem de maneira extremamente simples.

Se liga nessa lista:

David Cheriton

Fundador da Arista e um dos primeiros investidores do Google
9 bilhões de reais de patrimônio
Dirige um Volkswagen Vanagon fudido de 1986 e vive na mesma casa há 30 anos, desde que era pobre

Charlie Ergen

Fundador da Dish Network, a NET Virtua dos EUA
54 bilhões de reais de patrimônio
Leva marmita pro trabalho e divide quarto com algum empregado durante viagens de negócios

Azim Premji

Presidente da Wipro e um dos homens mais ricos da Índia
50 bilhões de reais de patrimônio
Pega vôos internacionais na classe econômica e anda de Kombi (tuk tuk) coletiva pelas ruas da Índia

 

Jack Ma

Fundador do Ali Baba
70 bilhões de reais de patrimônio
Vive da mesma maneira de que quando era um simples professor de inglês numa cidade provincial da China.

 

Biz Stone

Fundador do Twitter
1 bilhão de reais de patrimônio
Dirige um Volkswagen Gol.

Jan Koum

Fundador do Whatsapp
18 bilhões de reais de patrimônio
Viaja de classe econômica e compra vôos com milhas para economizar dinheiro

Tim Cook

Presidente da Apple
1.2 bilhões de reais de patrimônio
Mora num apartamento de 2 quartos em Palo Alto.

Sergey Brin

Fundador do Google
90 bilhões de reais de patrimônio
Faz compras do mês no Costco, supermercado de pobre lá nos EUA

 

E agora eu pergunto: como é que um cara desses não gasta dinheiro na noitada comprando champagne para a mulherada, não anda de Camaro Amarelo pelas ruas e não gasta dinheiro comprando roupa de marca no shopping?

Tenho plena certeza de que eles têm muito mais dinheiro do que aquela galera que sustenta os camarotes das baladas de São Paulo, Búzios e Jurerê Internacional e aposto que nenhum desses caras aí em cima vai terminar como o Eike Batista.

A resposta é insegurança.

A verdade é que quanto mais o cara ostenta, mais inseguro ele é!

E falo isso por experiência própria.

Dos 21 aos 23, levava uma vida mega-ostentadora, especialmente quando visitava o Brasil.

Pagava camarote para todo mundo…

Descia garrafa de champagne para me amostrar pra mulherada…

Fazia viagens internacionais com o intuito de postar fotos que despertassem sentimento de inveja nas pessoas…

Tudo isso porque passava pelo auge da minha insegurança.

Já escrevi sobre isso no post sobre o Eike Batista.

Ele vivia contando vantagem no Twitter e na Revista Caras porque, no fundo no fundo, era um cara inseguro pra caramba.

Inseguro por passar a vida toda na sombra de seu bem-sucedido pai Eliezer Batista.

E mais inseguro ainda por ter ficado também na sombra de sua esposa gostosa Luma de Oliveira.

Meu “castelo de areia” caiu junto com o do Eike Batista, por razões muito parecidas: bolsa de valores.

Quando estava fazendo pesquisa para meu primeiro livro Hackeando Tudo, dei de cara com a história de vários bilionários como esses caras aí em cima que levam uma vida super simples.

É aquela parada: APRENDA COM QUEM SABE!

Se o cara conseguiu criar uma empresa tech do zero e botar alguns bilhões de dólares no bolso, pelo menos alguma coisa da vida ele tem pra ensinar.

Resolvi começar por um simples gesto: gastar menos do que eu ganho.

Vivendo como um bilionário

Pega tua renda mensal e divide por 30.

Agora tenta gastar menos da metade disso aí todos os dias.

Meu trabalho, os royalties do meus livros, meus investimentos, as palestras, meu blog, meu canal do YouTube e meus cursos online me garantem uma renda mensal que me permite viver uma vida muito confortável.

Mesmo assim, escolhi viver como um espartano.

Almoço no bandejão.

Faço as compras do mês na mercearia da Cruzada São Sebastião.

Não uso roupas de marca.

Não tenho carro.

Não tenho TV a cabo em casa.

Meu celular é pré-pago.

Não saio pra noitada.

Tenho um RioCard carregado e quase não ando de taxi (só Uber quando tem promoção)

(Quer economizar em alguma coisa e se sentir rico em menos de uma semana? Pare de beber! É impressionante como vai sobrar dinheiro na tua carteira quando tu parar de gastar dinheiro com goró!)

Hoje, o único “luxo” da minha vida é morar em Ipanema.

Mas fiz essa escolha para morar perto do trabalho e não ter que passar 2 horas diárias no trânsito do Rio de Janeiro.

Raiam pão duro?

Se é para ficar pão duro que nem os caras ali de cima, eu tô topando 100%!

 

 

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