Estou para escrever sobre a “Cultura BTG Pactual” há um tempo aqui no MundoRaiam mas tinha a mesma limitação que falei no post sobre a Vale do Rio Doce: conflito de interesses.
Trabalhava em um fundo que também lidava diretamente com o BTG, então tinha que deixar quieto senão o caldo ia apertar pro meu lado.
Hoje eu acordei com a notícia de que o CEO do BTG Pactual André Esteves tinha sido preso por estar envolvido com sujeira na Operação Lava Jato.
Confesso que fiquei mais do que surpreso.
Ontem mesmo escrevi no post da Conferência ENE o quanto me amarrei na palestra e na trajetória de vida dele.
Saí do Brasil muito cedo e, na minha vida inteira, tive que me contentar com exemplos de vida importados: Kobe Bryant, Mark Cuban, Michael Vick, Arnold Schwarzenegger, Barack Obama, Tony Robbins e Eric Thomas.
Além do meu paizão, o único outro herói brasileiro que eu tive na adolescência foi o Lula.
Vai vendo…
Agora você entendeu porque eu me espelhava nos caras lá de fora, né?
Depois que comecei a trabalhar no mercado financeiro e conheci a trajetória do André Esteves, ele passou a ser O CARA.
O herói André Esteves
A partir do meu primeiro ano como analista em Wall Street, fiz questão de ler tudo sobre a vida dele para aprender um pouco e tentar aplicar algum aspecto vitorioso do Esteves na minha própria trajetória.
Minha curiosidade era saber o que ele fez para sair da Zona Norte do Rio e terminar no spotlight do mercado de capitais não só do Brasil, mas do mundo inteiro.
Pára pra pensar: eu, negro, da Vila da Penha, morando em Nova York e trabalhando na matriz de um dos maiores bancos de investimento do mundo… em quem eu vou me espelhar?
Lembra daquela matéria que a Globo fez comigo lá em Nova York?
Não tinha ninguém ali parecido comigo… muito menos os brasileiros!
A grande maioria dos brasileiros que eu conhecia no mercado financeiro lá em Nova York tinha um background muito parecido: pai multimilionário, sobrenome estrangeiro, diploma da Poli ou da FGV e MBA em alguma Ivy League (sem bolsa, é claro).
Junta isso com um estilo de vida high-maintenance e gosto pela ostentação.
Esteves era um filho de professora da Tijuca que entrou como “faxineiro” do banco e virou CEO da porra toda… com alguns bilhões no patrimônio pessoal.
O cara era dos meus… PHD: poor, hungry & desperate to get rich.
Fora isso, André Esteves era um dos maiores apoiadores da Fundação Estudar.
Junto com o trio de Jorge Paulo Lemann, era a grana do Esteves que bancava os estudos de alguns dos jovens mais brilhantes do Brasil nas melhores faculdades do mundo.
Passou em Harvard, Stanford, MIT? Faz o processo seletivo da Fundação que algum desses caras vai te ajudar.
Sempre respeitei muito essa atitude dos cabeças do mundo corporativo brasileiro investirem em pessoas jovens que podem mudar nosso país.
Já viu essa entrevista do André Esteves para a Fundação Estudar?
Foi ali que o Esteves virou mais herói ainda… escrevi umas 10 páginas de anotações e as tenho até hoje aqui comigo.
O fantasma do BTG Pactual
Minha admiração pela pessoa física Esteves aumentou ainda mais quando eu tive que bater de frente com a pessoa jurídica dele: o banco BTG Pactual.
Trabalhava no Citigroup e, apesar de sermos um banco global com valor de mercado na casa das centenas de bilhões de dólares, éramos “fracos” quando o assunto era Brasil e América Latina.
Todo ano, sai um ranking de uma revista chamada Institutional Investor apontando os melhores analistas do mercado e rankeando todos os bancos de investimento.
Na minha época, só dava BTG no topo!
Quando algum analista do Citi ficava no top-5, era algo para se comemorar com champagne e caviar!
O grande questionamento interno era o seguinte: o que faremos para chegar no nível do BTG Pactual?
Quem mandava no ranking eram os clientes: os fundos de investimento.
Quanto mais dinheiro sob administração, maior é o peso do voto do fundo.
Se o BTG ficava em primeiro, é porque ele servia bem tanto os grandes tubarões de Nova York e Londres quanto as assets pequenininhas da Faria Lima e do Leblon.
Volta e meia, eu perguntava para uma galera de fundo: por que o BTG Pactual é tão foda?
O BTG Pactual fazia sucesso com os clientes porque tinha os melhores insights do mercado e também as melhores conferências.
Estou lembrando aqui da última conferência de América Latina que o Citi organizou na época que eu estava lá.
O keynote speaker era um cara chamado Geoff Dennis.
Famoso? Quem?
Algumas semanas depois, rolou a conferência do banco BTG Pactual lá em Nova York.
Primeiro que eles fizeram o evento no hotel mais sinistro da cidade: o Waldorf Astoria.
Segundo que, enquanto tínhamos o zé-ninguém Geoff Dennis como keynote speaker, o BTG Pactual tinha trazido ninguém menos do que Nicolas Sarkozy, Lula e Hillary Clinton para falar com os clientes.
Dois presidentes do G-20 … e a futura presidente dos Estados Unidos!
Sim, eles tinham contatos… e tinham grana para gastar!
Um dos caras que eu mais respeitava lá dentro do Citi, era um analista de petróleo e gás chamado Pedro Medeiros.
Pedro também era carioca e, assim como eu, passou a infância nas disciplinas do Colégio Santo Agostinho.
O cara era tão foda que tinha uns 27 anos de idade e já era diretor.
Fiz as contas e tinha algo errado… como assim, diretor com essa idade?
A hierarquia do banco era mais ou menos assim:
Com 22-24 você é analista…
Ganha o bônus, sai do banco e faz um MBA em Wharton ou Harvard dos 25 aos 27…
Volta do MBA com 28 e passa a ser associate…
Mandou bem como associate? Com uns 32, você vira vice-president e só vai virar diretor lá pra frente.
Não dá pra crescer dentro do banco e chegar tão alto com essa idade! Meu próprio chefe só virou diretor com 40 anos.
Resposta: o Pedro veio do BTG Pactual.
Ele era muito bom no BTG e o Citi queria tirá-lo de lá.
Para tirar um cara bom do BTG, tinha que abrir a carteira…
Falando em carteira, o Udemy está com uma promoção muito top: 17mil cursos online a 15 dólares apenas.
Para você ter uma idéia, tem curso que custa normalmente $500 e está saindo a $15.
15 dólares é caro? Conhecimento não é gasto… e sim investimento.
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O Pedágio
Depois que meus 2 anos de analyst-program em Nova York expiraram, recebi uma proposta para trabalhar no BTG Pactual.
Estava pilhadão.
Aquela cultura do partnership, da correria e da meritocracia tinha tudo a ver comigo.
Todo mundo dizia que um cara com a minha pegada voaria muito alto lá dentro do BTG Pactual.
Sem contar com o fato de que estaria jogando no mesmo time de um dos meus maiores exemplos na profissão: o próprio André Esteves.
Só que tinha um pequeno detalhe: todo mundo tem que começar no back-office e “pagar pedágio” por 2 anos.
E no BTG é mais ou menos assim: não importa se você é discípulo do Ferrán Adrià no El Bulli e tem experiência em restaurantes Michelin 3 estrelas, aqui no meu restaurante você vai lavar pratos por dois anos!
No back-office, o cara é o lavador de pratos do banco: boleta operações, mexe em sistemas, resolve pepino dos traders, toca o compliance, apanha de todo mundo e só volta para casa às 11 da noite.
Fiz as contas: vou pagar pedágio e trabalhar que nem um corno de 2013 a 2015 para que em 2015 eu possa chegar no nível que estava em 2011 quando comecei o analyst program do Citi?
Tem alguma coisa errada aí…
Achei aquilo muito estranho e fui investigar a origem desse “pedágio”.
O BTG fazia aquilo porque o próprio Esteves pagou o pedágio dele há 20 anos atrás.
Mas achei aquela resposta meio vazia.
Videocassetes funcionavam muito bem há 20 anos atrás e hoje eles nem existem mais.
Por que será que essa cultura de começar no back-office só existe no Brasil?
Back-office é o c#$@lho!
Dividia o apartamento lá em Nova York com um camarada que trabalhava no back-office do banco de investimento Morgan Stanley.
Ele ganhava bem mas reclamava do trabalho porque sabia que não tinha muito futuro lá dentro.
Depois da crise de 2008, os bancos de investimento dos EUA praticamente acabaram com o êxodo de pessoas do back-office para o front-office, especialmente nas mesas de operação.
Dá uma olhada nesse artigo do CNBC para entender o porquê: Life Just Got Much Worse For Wall Street Back-Offices.
Acho que o divisor de águas foi o caso daquele trader do banco UBS Kweku Adoboli.
Adoboli havia passado alguns anos no back-office e conhecia como ninguém os sistemas internos do banco.
Quando ele foi promovido para trader, ele conseguiu “esconder” nada menos do que 2 bilhões dólares em perdas financeiras… do dinheiro do cliente.
Depois que as autoridades do mercado financeiro americano começaram a fechar o cerco, meu amigo concluiu que ele ficaria “preso” no back-office para sempre.
Não é meio estranho que as autoridades americanas proibiram algo que virou “regra” dentro do BTG Pactual?
A ficha está começando a cair…
Encho a boca para dizer que realizei meu maior sonho de vida: ser um escritor best-seller.
Já leu meu livro Hackeando Tudo: 90 Hábitos Para Mudar o Rumo de Uma Geração?
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Atraindo talentos
Já falei ali em cima que o André Esteves era um herói para todos nós certo?
Sabendo desse “celebrity status”, o BTG Pactual usava e abusava da figura dele para atrair os melhores talentos da Geração Y.
Óhhhhhhh!!!
“O cara era técnico de informática e virou bilionário. Você pode chegar lá também se trabalhar duro.”
Mas não é bem assim…. e a gente não é otário.
Vou te mandar a real: conheço muita gente MUITO top trabalhando no BTG.
Isso eu tenho que reconhecer: os caras têm um RH muito top e realmente conseguem peneirar os melhores talentos do mercado.
Tiro o chapéu para eles.
Só que, das mais de 100 pessoas que eu conheço que trabalham ou trabalharam lá, 98% delas ODIAVAM O LUGAR!
O que faz o BTG um lugar tão bom para quem vê de fora… e tão ruim para quem vem de dentro?
Lembra no post Conferência ENE pt.4 : Você é empregável? que eu descrevi o conceito do escritor Cal Newport sobre o pior emprego do mundo?
Essas pessoas altamente qualificadas que tinham tudo para mudar o mundo caíram nessa armadilha e perderam a alma lá dentro do BTG.
Passarinho que anda com morcego…
Hoje, uma grande referência que eu tinha deixou de ser referência.
Segue o trecho da reportagem:
“Esteves foi preso temporariamente no âmbito da Operação Lava Jato junto com o senador Delcídio Amaral (PT-MS). O Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão do petista após o Ministério Público Federal apresentar evidências de que ele tentava conturbar as investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobrás.
Segundo o ministro do STF Teori Zavascki, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato, Esteves foi preso por ter oferecido pagar R$4 milhões para ajudar o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró a sair do país.
A prisão do banqueiro é temporário e está relacionada a um possível auxílio para que Cerveró não se manifestasse nos autos da Lava Jato.”
A ficha caiu para muita gente.
Lembra que eu falei no post sobre a Vale/Samarco que a lei da oferta e da demanda é a única no mundo que não pode ser transgredida?
Com uma treta dessa, é claro que a demanda por ações do BTG Pactual na bolsa vai cair.
O mercado puniu as transgressões do Esteves… e como puniu!
Se liga nesse gráfico:
Vamos fazer umas continhas:
O valor de mercado do BTG antes da prisão do cara era de 29 bilhões de reais.
Com a cotação de hoje, esse valor caiu 23% para 22.4 bilhões de reais.
Isso significa que só a presença do André Esteves valia quase 7 bilhões de reais para a empresa.
Hoje, eu li uma reportagem com o novo CEO do banco dizendo que o BTG Pactual não é só o Esteves.
Ahhh meu amigo, quer enganar quem?
Se o Esteves foi preso, pode ter certeza que o negócio ainda vai feder muito mais!
Pode começar pesquisando quem é o maior acionista da Sete Brasil, aquela mesma empresa de sondas da Petrobrás que está no centro das investigações da Lava Jato.
A casa vai cair para muita gente!
A geração dos nossos pais está começando a pagar pelo excesso de mediocridade, pelo excesso de jeitinho brasileiro e pelo excesso de indiferença e irresponsabilidade na hora de escolher os líderes.
E isso vai ser bom porque O CAMINHO VAI FICAR LIVRE PRA GENTE!
Não jogue a toalha e vá morar em Miami que nem esses perdedores aí que desistiram!
O futuro é aqui mesmo!
Não sei se você está percebendo, mas a mudança está começando.
Já parou para pensar que o Brasil é o país com o maior número de bilionários na cadeia?
E aquela história de que rico estava acima da lei no nosso país?
Chega de mediocridade, chega de roubo e chega de jeitinho brasileiro nessa porra!
E pode ter certeza que não vamos precisar pagar pedágio no back-office não.
Quem vai voltar pro back-office é o próprio Esteves… o back-office do Complexo Penitenciário lá de Curitiba.
E valeu pelo business card, vacilão! Vou guardar de relíquia…
~Raiam
OBS: Cuidado com o que você lê no UOL ou na Folha sobre o assunto… o BTG Pactual é acionista dos dois 😉
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Raiam, adorei este post, também me sinto decepcionado com muitos heróis e pessoas que já admirei. Gostaria de saber como eu descubro quem são os principais acionistas de uma empresa. Pode me ajudar com isso? Grande abraço!
Fala Rogério, dá para ver pelo site de relações com investidores das empresas abertas. Em muitas das vezes, os acionistas são “camuflados” como é o caso da Globo dentro da VALE.
Dá para ser mais explícito como se dá a participação da Globo na Vale. Outro dia comentei essa sua afirmação numa roda de amigos e disseram-me que estávamos “deslizando na mayonese”
Futuca os acionistas da Bradespar aí…você vai ver um “Globo Cabo” no meio
Futuquei! afora o free float o que eu consegui no ITR da Bradespar foi que seus acionistas são Cidade de Deus, Nova Cidade de Deus, Fundação Bradesco e NCF Participações. A mais suspeita, a NCF possui participação apenas no Bradesco e no brasdepar.
Onde, diabos, foi se esconder a tal de Globo Cabo?
Valeu o feedback irmão!
Cara, vc é corajoso de escrever isso, hein!
Pra gente que trabalha no mercado financeiro, um texto desse seria um tiro no pé
Virei teu fã
Irmão, já ouviu falar no conceito de “burn your boats” ?
hehehe pô, até animei depois dessa
só no modo “ataque soviético” hahaha
valeu mano, por me encorajar a fazer o mesmo
Raiam! Você acha que isso de alguma forma afeta a relação do BTG com a Fundação Estudar?
Ah irmão… acho que não… mas mancha a imagem da Fundação, né?
Porra Raiam, que bacana ler você escrevendo sobre isso. Sempre te acompanhei nos posts sobre FA e nem sabia que você ascendeu tanto assim na nossa sociedade. Parabéns pela sua história e pelas coisas que escreve. Entrei no seu post por uma publicação de um amigo que não é nem do mundo do FA, até me lembrei de você quando li o nome do blog, mas logo achei que não era por estar tratando de um tema tão bacana, mas no final tive uma surpresa. Fiquei felizão mesmo. Parabéns e lhe desejo muito mais sucesso do que você já tem. Represente-nos bem ai fora. Um abraço.
“Ascender na sociedade”? Hahahaha
Sim po! Sua história de vida, pelo pouco que li no post, é legal, não?
Logo, você por onde está hoje, teve uma ascensão grande, comparado aos demais brasileiros(nossa sociedade).
Raiam, parabéns pelo post, penso exatamente da mesma forma! Estamos vivendo o fim da impunidade no Brasil, sobretudo nos últimos 5 anos, com o mensalão e, agora, a lava jato.. Esse sim é um grande avanço para o nosso país. Abraço
Obrigado Laíza! Tá acabando isso aí… pouco a pouco
Obs: apesar de o mensalão ter acontecido no primeiro mandato do Lula, me referi a esse escândalo no quesito do fim a impunidade em relação ao julgamento, que começou em 2012..
Primeiro texto que leio seu mas tirei o chapéu. Estão aproveitando da nossa (geração Y, Z) vontade de chegar ao infinito. Palestras de motivação por ai que são mais uma lavagem cerebral que qualquer outra coisa. E saiam da frente porque além da lama contaminada da Samarco ta vindo muito mais sujeira pesada por ai.
boa Patricia! Sabia que eu fico com o pé atrás com a lavagem cerebral da própria Bel Pesce?
Hmmm mesmo? Não tenho uma opinião sobre isso mas ela ficou famosa demais e isso sempre muda as pessoas um pouco e algumas demais. O que te chamou atenção?
Belo comentário Patricia. O problema da nossa geraçao é que a maioria de nós idolatramos ao máximo caras como Esteves e Lemman, senhores que fizeram fortunas puramente no mercado financeiro, e nem prestamos tanta atençao assim a caras como o Pedro Werneck, que fundou o Instituto da Criança e capacita empreendedores sociais no Brasil todo, um verdadeiro dot mover para o bem comum do país. Acredito na cultura da meritocracia sim, mas o que esses caras pregam na verdade é a cultura do dinheiro a todo custo e esqueça de qualquer outro valor pois esse é o objetivo final e pronto.
Fala Les, geração diferente cara.
Sem querer cortar teu barato, mas a “nossa geração” que eu cito, é o pessoal que nasceu depois de 1990
Raiam, o meu comentário applies do mesmo jeito cara, ou vai me dizer que seus ex-colegas de banco (“pós-1990”) também não idolatram esses caras junto com outros muitos dessa geração? Nao entendi seu comentário
Virei seu fã. Cheio de informação de dentro dos podres nesse blog. Parabens. Abs
Valeu Saulo, grande abraço!
Aeh Raiam……..sempre mandando bem……..
Valeu irmãozinho
Caramba! Que análise boa! Não se resumiu a relatar a sua decepção com um falso vencedor, mas mostrou as ferramentas por onde eles começaram a criar as mutretas!
Adorei principalmente a sua conclusão “Não jogue a toalha e vá morar em Miami que nem esses perdedores aí que desistiram! O futuro é aqui mesmo!Não sei se você está percebendo, mas a mudança está começando.”
Quem quer fugir desse país não está fazendo nada para ajudá-lo. “O mal triunfa quando os bons não fazem nada”.
Por isso que eu fico aqui! Por isso eu decidi trabalhar com educação!
Parabéns e muito sucesso!
Boa irmão! Vamo que vamo!!!
Raiam, voce não acha que pode estar sendo um pouco precipitado nesse julgamento do Esteves nao? Nao acho que ja podemos falar que ele é farinha do mesmo saco e tal…
Você leva 10 anos para construir a confiança e 30 segundos para perdê-la. Meu argumento foi o seguinte: ele foi um exemplo para uma geração inteira e deixou todo mundo “órfão”
Top Raim, parabéns pelo texto.
Raim é o caralho kkkk
Cara, obrigado pela clareza e compartilhamento desses fatos e pontos de vista.
Valeu irmão
Cara, só tenho um comentário sobre seu artigo: você MI-TOU!!!! Expressou muito bem os mesmos sentimentos que eu tinha sobre o Esteves. Eu assisti uma palestra dele num evento da Fundação Estudar e fiquei admirado com o trabalho dele, com as dicas dele, enfim, com a pessoa dele. Depois que fiquei sabendo da sua prisão, tive os mesmos sentimentos de repulsa e indignação. Parabéns mais uma vez!
Para quem é da Fundação Estudar, essa prisão foi um tapa na cara
tava procurando noticias sobre o Andre Esteves e caí de paraquedas aqui. Gostei muito do video do esporte espetacular sobre vc, e que belo texto. ganhou um leitor. abraço.
Valeu Brunão!
Até me motivou a não desistir do Brasil, já cheguei a pensar até que o país não tinha solução, quem não é safado quer sê-lo e tal… mas realmente você me motivou a continuar acreditando, pela sua história e pelo que disse. Valeu brother! vou ler seus livros.
Grande abraço irmão
Fala Raiam,
Primeiro, meus parabéns pelo texto! Você conseguiu expressar em cheio o sentimento de uma geração de aspirantes a/ jovens trabalhadores do mercado financeiro. Principalmente aqueles que nasceram/ estudaram no Rio de Janeiro. Eu compartilho algumas (várias!) coisas com você; sou carioca, sou PHD, joguei futebol americano nos EUA (apenas na High School) e também tinha o André Esteves como uma pessoa a ser seguida. É com tristeza e surpresa que nós recebemos essa notícia. Por sinal, hoje eu trabalho no departamento de Equity Research do Citigroup (mais uma coisa em comum), no departamento de Óleo e Gás, justamente com o Pedro Medeiros! (Você pode imaginar minha surpresa quando você o mencionou). Esse sim, de fato, é uma pessoa a ser seguida. O cara é foda mesmo! Além de saber demais, é muito gente boa. Enfim, meus parabéns mais uma vez pelo seu texto (primeiro que eu li) e daqui pra frente você ganhou mais um leitor!
Abs,
Felipe Carvalho.
Grande Felipe caramba a gente é a mesma pessoa! KKKKK
Tá no centro com o Pedro? Avisa ele daquele almoço e aparece junto
Tou sim cara, tou trabalhando lá a quase um ano e meio e tou curtindo bastante! Muita coincidência mesmo! Pô, quando você vai almoçar com ele? É só dizer o dia que eu apareço sim! Hahaha
Raiam, eu entendo a sua frustração, mas o Esteves era um Eike Batista. Não dá pra ver um cara tendo um progresso absurdo em áreas ligadas ao governo federal e acreditar que o sucesso dele é 100% mérito. Por melhor que o Esteves seja, aquele monte de negócios com a Petrobras na África já indicava de onde vinha boa parte do sucesso do cara.
Eu sei que pra ter sucesso é preciso se inspirar em alguém e a história do Esteves tem tudo a ver com a sua e a de um monte de gente aqui, mas deixar de analisar o longo prazo, a origem das coisas, e se concentrar no que acontece agora faz com que sejamos pegos de surpresa.
Você fez um post sobre a Apple e quão “foda” ela era. Que valia mais que o PIB da África do Sul. Que valia 640 bilhões e estaria em busca dos 1 trilhão. Em 5 anos a Nokia que era a maior fabricante de telefones celulares praticamente acabou. Boa parte do valor de mercado da Apple vem de uma expectativa irreal que ela vai conseguir se manter nesse ritmo pra sempre. E não vai conseguir, porque empresa nenhuma consegue, e na primeira engasgada os mercados ficam loucos e aparecem profetas do passado pra explicar o que deu errado (geralmente os mesmos que previam o oposto pouco tempo antes).
Não analise o mundo como um trader. Você é melhor do que isso. Se não vai ficar sempre órfão toda vez que alguma mudança grande aconteça.
Um abraço. Sucesso.
Vesti a carapuça irmão: analisar o mundo como um trader!